domingo, 20 de setembro de 2015

Um Pouquinho de História

A História da Cerveja


Não é possível datar a produção da primeira cerveja. Acredita-se que será tão antiga como a agricultura.

Sabe-se que o Homem conhece o processo de fermentação há mais de 10 mil anos e obtinha na altura bebidas alcoólicas, mesmo que fossem de pequenas quantidades.

Pensa-se que a descoberta da cerveja, tal como o vinho, tenha acontecido de maneira acidental, provavelmente fruto da fermentação não induzida de algum cereal. Pensa-se que terá surgido pouco depois do pão.

Os povos da antiguidade teriam percebido que a massa do pão, quando molhada, fermentava, ficando ainda melhor. Assim teria aparecido uma espécie da primeira cerveja, como "pão líquido". Várias vezes repetido e até melhorado, este processo deu origem a um género de cerveja que os povos consideravam uma "bebida divina", a qual era, por vezes, oferecida aos deuses.

A prova arqueológica mais concreta relativamente à produção de cerveja leva-nos até à Mesopotâmia, mais propriamente da Suméria. Tratam-se de inscrições feitas numa pedra relativas a um cereal que se utilizava em algo similar à produção de cerveja.

No período Babilónico, contavam-se cerca de duas dezenas de diferentes tipos de cerveja, com base em diferentes combinações de plantas aromáticas.

O Código e Hamurabi, o 6º rei da Babilónia, introduziu várias regras relacionadas com a cerveja no seu grande código de leis. Entre essas leis encontrava-se uma que estabelecia uma ração diária de cerveja, ração essa que dependia do estatuto social do indivíduo. 
Código Hamurabi
Outra lei tinha como objetivo proteger os consumidores de cerveja de má qualidade. Ficou assim definido que o castigo a aplicar por se servir má cerveja seria a morte por afogamento.
Código Hamurabi
Quase todas as cervejas dos babilónicos seriam opacas e produzidas sem filtragem, por isso bebiam a cerveja através de uma espécie de palhinha, no caso dos reis seria de ouro, o que evitava que ingerissem o resíduo que se acumulava no fundo e que seria bastante amargo.

Para os egípcios, para além de ser um bem alimentar, servia também como remédio para certas doenças. A sua importância é também visível nos aspetos religiosos da cultura egípcia.

Em casos de desastres naturais era frequente a oferta de grandes quantidades de cerveja aos sacerdotes de forma a apaziguar a ira dos deuses.

Na China desde cedo desenvolveu-se técnicas de preparação de bebidas do tipo da cerveja, obtidas a partir de grãos de cereais. De facto, o desenvolvimento da cerveja até à forma pela qual a conhecemos atualmente não se deve muito à civilização chinesa.

Foram os egípcios que ensinaram os gregos a produzir cerveja.

Já no Japão, existe uma bebida milenar Saké, uma cerveja de arroz. Bebe-se quente ou fria, de acordo com o gosto e o contexto.
Saké
Assim como tinham aprendido com os egípcios, os gregos ensinaram a arte de produzir cerveja aos romanos. Tanto gregos como romanos em 500 a.C. deram maior importância ao vinho, passando a cerveja passou então a ser a bebida das classes mais pobres.

Muitos romanos consideravam a cerveja desprezível e típica de povos bárbaros.

Na Idade Média, a produção e consumo de cerveja tiveram um grande impulso, muito por causa da influência dos mosteiros, locais onde este produto era não só tecnicamente melhorado, como também produzido e vendido.
Neste período o hábito de produzir cerveja em casa mantinha-se, sendo que esta tarefa estava maioritariamente destinada às mulheres.

Apesar das muitas limitações, a cerveja continuou a ganhar importância na sociedade medieval, servindo como alimento, forma de pagamento de taxas, moeda de troca, entre outras funções social e economicamente relevantes.

Durante o século XVII (Idade Moderna), apareceram muitos tipos diferentes de cervejas, sendo que cada variedade era definida pelos diversos ingredientes que se utilizavam, bem como pela qualidade da água presente na sua elaboração.

Esta situação de grande crescimento da indústria cervejeira viria a sofrer um forte revés no final do século XVIII, com a Revolução Francesa. Deu-se a destruição e desaparecimento de muitos mosteiros e abadias e, com isso, a quase extinção dos centros produtores de cerveja de qualidade.

Porém com a ascensão de Napoleão ao poder, assistiu-se a uma ligeira retoma na fabricação de cerveja, apesar de muitos dos monges e abades que outrora eram os principais investigadores e produtores, nunca mais terem voltado à sua antiga atividade.

Outro ponto fundamental deu-se em 1765, graças a James Watt, a criação da máquina a vapor, o que permitiu a industrialização e racionalização da produção de cerveja. Muitas outras invenções permitiram o aperfeiçoamento da técnica de fabricação.

No início do século XX e durante a Primeira Guerra Mundial, houve uma diminuição significativa no número de indústrias produtoras de cerveja. Para agravar esta situação, a Proibição e a Grande Depressão limitaram o consumo de cerveja, levando à falência de inúmeras fábricas.
Agentes do Governo (EUA) a confiscar bebidas clandestinas (como a cerveja) em 1921, em Chicago
A situação só melhorou com o fim da Proibição em 1933. No entanto, apenas 160 indústrias tinham sobrevivido nos EUA a este difícil período. Esta época de crescimento voltaria a ser interrompida com o início da Segunda Guerra Mundial.

Passado este período da Segunda Guerra Mundial, assistiu-se a um aumento gradual na produção e consumo de cerveja, sendo que a Budweiser foi a primeira marca a ultrapassar os 10 milhões de barris por ano, isto já em 1966.
Cerveja "Budweiser"

Mary

1 comentário:

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