sábado, 28 de fevereiro de 2015

Aspirantes a Doutoras

Hepatite C


Com as últimas notícias que têm saído, decidi fazer um post sobre o assunto, e já que não sei muitas coisas sobre o assunto decidi pesquisar.

O que é?


A Hepatite C é uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que quando crónica, pode levar à cirrose, insuficiência hepática e cancro.
1 - Hepatite Aguda
2 -  Hepatite Crónica
3 - Fase mais avançada - cirosse
É conhecida como uma epidemia "silenciosa" pela forma coo tem aumentado o número de indivíduos com infeção crónica em todo o mundo e pelo facto dos infectados poderem não apresentar qualquer sintoma, durante 10 ou 20 anos, e sentir-se de perfeita saúde.

Calcula-se que existam 170 milhões de portadores crónicos, dos quais 9 milhões são europeus, o que faz com que a Hepatite seja mais comum que o vírus da SIDA.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é possível que surjam todos os anos três a quatro milhões de novos casos no mundo.

A prevalência do vírus difere de acordo com a região geográfica, enquanto na Europa e na América do Norte os índices de contaminação rondam os 2%, em África, no Sudeste Asiático, no Pacífico Ocidental e no Leste do Mediterrâneo as taxas são superiores.
Prevalência da Hepatite C em 2003
No mundo ocidental, os toxicodependentes de drogas injectáveis e inaláveis e as pessoas que foram sujeitas a transfusões de sangue e derivados e/ou cirurgias antes de 1992, são os principais atingidos.

Hoje a possibilidade de contagio de hepatite numa transfusão de sangue ou durante uma intervenção cirúrgica nos hospitais, é praticamente nula. No entanto, nos países em desenvolvimento esta segurança não está garantida.

Em Portugal, a Hepatite C crónica é uma das principais causas de cirrose e de carcinoma hepatocelular estimando-se que existam 150 mil infetados, embora a grande maioria não esteja diagnosticada.
Carcinoma Hepatocelular
De acordo com um estudo de Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus, a apresentar as mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80% dos toxicodependentes.

Hepatite C é um dos três tipos mais comuns de hepatite e é considerado o pior deles.

Causas?


A sua transmissão ocorre pelo contacto com sangue contaminado através:
- Transfusão de sangue;

- Acidentes com material contaminado;

- Drogas injetáveis;

- Tatuagens, piercing e acupuntura com instrumentos contaminados;

- De mãe para filho - é rara cerca de 5%, ocorre no momento do parto;

- A maioria dos estudos não conseguiu comprovar a transmissão por contacto sexual;

Quem corre mais riscos?


- Toxicodependentes;

- Trabalhadores da área da saúde;

- Estiverem em hemodiálise por muito tempo;

- Receberam sangue ou órgãos de um doador que tenha Hepatite C;

- Receberam uma transfusão de sangue antes de julho de 1992.

Sintomas?


- Dor abdominal;
- Inchaço abdominal;
- Sangramento no esófago ou no estômago;
- Urina escura;
- Fadiga;
- Febre;
- Comichão;
- Icterícia;
- Perda de apetite;
- Náuseas e vómitos.

Tratamento...


Nos raros casos em que a Hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para a Hepatite crónica, prevenindo assim o risco de cirrose e cancro. Usa-se nestes casos o tratamento com Interferon durante seis meses.

O tratamento de Hepatite C crónica tem alcançado resultados progressivamente melhores com o passar do tempo. Enquanto que há poucos anos atrás alcançava-se sucesso em apenas 10 a 30% dos casos tratados, atualmente, em casos selecionados, pode-se alcançar até 90% de eliminação do vírus. Neste caso usa-se a combinação de Interferon e Ribavirima, durante seis a doze meses - o sucesso do tratamento varia principalmente conforme o genótipo do vírus, a carga viral e o estágio da doença, determinado pela biopsia hepática.

Os efeitos dos tratamentos utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente, são uma limitação à continuidade do tratamento.

A decisão de tratar ou não, quando tratar, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e o seu especialista.

Novas alternativas de tratamentos têm surgido rapidamente. Além de novas medicações, a adequação do tempo do tratamento a grupos de pacientes com características diferentes poderá melhorar ainda mais os resultados alcançados com as medicações atualmente disponíveis.

Mary

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