segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Hoje é Dia de Quê?

Dia Mundial da Luta Contra a SIDA


O objetivo deste dia é alertar as populações para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus da SIDA.

A data tem ainda o objetivo de lembrar todas as vítimas que faleceram ou que estão infetadas com a doença.

A SIDA ou HIV, foi descoberta em 1986 nos Estados Unidos. Os casos iniciais ocorreram num grupo de usuários de drogas injetáveis e de homens homossexuais que estavam com a imunidade comprometida sem motivo aparente.
Robert Gallo, co-descobridor do HIV no início dos anos 1980
Acredita-se que o vírus HIV tenha origem nos primatas do centro-oeste africano e foram transferidos para os seres humanos no início do século XX.

Ainda não há uma cura nem uma vacina eficaz na luta contra a SIDA.

O vírus HIV apenas afeta os humanos, só neles sobrevive e se reproduz e pode ser transmitido.

Já matou mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. África é o continente onde a SIDA tem feito mais vítimas.
A Sida no Mundo
É importante saber as formas de contágio, primeiro para não sermos infetados e segundo, para não afastarmos as pessoas que possuem a doença. As formas de contágio são três:

  • Relações sexuais desprotegidas (só o uso do preservativo pode evitar o contagio);
  • Contacto com o sangue infetado;
  • De mãe para filho, durante a gravidez, o parto ou pela amamentação.


É um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo, deixando a pessoa infetada mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infeções oportunistas, que são micróbios que não afetam as pessoas cujo o sistema imunológico funciona perfeitamente.

Apesar de não existir uma cura, existem medicamentos anti-retrovíricos que conseguem baixar a quantidade do vírus para valores mínimos e preservar a função imunológica do organismo, retardando a evolução da doença e proporcionando aos doentes uma maior esperança e qualidade de vida.

Os sintomas aparecem entre a primeira e a quarta semana após o momento do contágio - Fase Aguda. Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, suores, dor de cabeça, de estômago, nos músculos, nas articulações, fadiga, dificuldade em engolir, gânglios linfáticos inchados e um leve prurido.

Algumas pessoas também perdem peso e outras, ocasionalmente, podem perder a mobilidade dos braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco tempo.

Esta Fase Aguda tem duração de uma a três semanas, todos recuperam desta fase. Depois da Fase Aguda, há um período que não se apresentam sintomas, embora o vírus esteja a multiplicar-se no organismo, o que pode prolongar-se por vários anos - É neste período que se encontram, atualmente, 70 a 80% dos infetados no mundo.

Depois vem a fase sintomática da infeção, o doente começa a ter sintomas e sinais da doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema imunológico. O doente pode queixar-se de cansaço fora do habitual, perda de peso, suores noturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca, etc.

A fase seguinte na evolução da doença designa-se por SIDA e caracteriza-se por uma imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas - infeções e tumores.

Existem comportamentos de risco que são:

  • Toxicodependentes que se injetam e partilham agulhas, seringas e outro material usado na preparação da droga para a injeção.
  • Pessoas que não praticam sexo seguro, ou seja, não usam preservativo e têm mais do que um parceiro sexual.
  • Profissionais de saúde - acidentes com contacto com objetos cortantes contaminados com sangue ou outros líquidos orgânicos, contaminados.


Não se transmite a SIDA no convívio social, pelo aperto de mão, abraçar ou partilhar o uso de utensílios domésticos. No entanto o preconceito ainda persiste no mundo, numa variedade de maneiras, como na rejeição e na discriminação de pessoas portadoras de HIV.

O medo da violência e do preconceito impede que muitas pessoas que fazem o teste clínico, voltem para saberem o resultado ou para iniciarem o tratamento, transformando o que poderia ser uma doença crónica tratável numa sentença de morte.

Os Famosos portadores de SIDA

Um dos primeiros casos entre famosos aconteceu com Rock Hudson, um ator homossexual que tinha sido casado e tinha-se divorciado, morreu a 2 de outubro de 1985 após ter anunciado que era portador do vírus a 25 de julho do mesmo ano, no entanto tinha-lhe sido diagnosticado no ano anterior.
Rock Hudson
A 24 de novembro de 1991, o vírus matou o cantor britânico Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, que morreu com uma doença relacionada à SIDA, sendo que o diagnóstico da doença só tinha sido revelado no dia anterior, no entanto, o diagnostico de HIV positivo tinha sido feito em 1987.
Freddie Mercury
Um dos primeiros casos famosos de heterossexuais portadores do vírus foi o de Arthur Ashe, um tenista dos EUA. Foi diagnosticado o HIV positivo a 31 de agosto de 1988, tendo contraído o vírus em transfusões de sangue durante uma cirurgia cardíaca no início da década de 1980. Morreu aos 49 anos, a 6 de fevereiro de 1993.
Arthur Ashe
Tina Chow foi uma modelo americana, designer de jóias e ícone da moda influente nas décadas de 1970/80. Após o seu divórcio com Michael Chow, tornou-se uma ativista pela SIDA após ter perdido muitos amigos para a doença. Em junho de 1989, foi diagnosticada com SIDA, contraiu a doença no final de 1955 depois de ter um caso com o aristocrata francês Kim D'Estainville. Tina falou sobre o seu diagnóstico com o público e continuou ligada à causa da luta contra a SIDA. Morreu a 24 de janeiro de 1992, com complicações da SIDA na sua casa, aos 41 anos.
Tina Chow
John C. Holmes, foi talvez o ator pornográfico mais famoso de todos os tempos. Participou em mais de 2200 filmes para adultos entre as décadas de 1970/80. Foi diagnosticado com HIV em 1986 e filmou pelo menos mais dois filmes sem revelar o seu estado de saúde. Durante os últimos quatro meses da sua vida, foi essencialmente passados na cama saindo apenas para os tratamentos no hospital. Morreu com complicações devido à SIDA a 13 de março de 1988 aos 43 anos.
John C. Holmes
Gia Carangi foi uma modelo norte-americana dos fins dos anos 1970 e início dos anos 1980. Começou a consumir drogas, a dependência começou a afetar o seu trabalho, com violentos acessos de raiva, começou a deixar trabalhos pela metade para comprar drogas. Gastou praticamente todo o seu dinheiro, e nos últimos três anos de vida, a viver com familiares, com amigou ou com namorados. Em dezembro de 1984, foi aceite para um intenso programa de desintoxicação, no entanto, a meio de 1985 voltou ao consumo de drogas. Em junho de 1986, deu entrada no Hospital com pneumonia dupla, poucos dias depois foi diagnosticada como portadora do vírus da SIDA. A doença fez com que ela perdesse peso, cabelo, dentes, teve hemorragias internas, manchas e tumores. A 18 de novembro de 1986 morreu com complicações causadas pelo vírus HIV.
Gina Carangi
António Variações foi um cantor e compositor português do início dos anos 1980. Em 1984 a SIDA era ainda considerada uma "praga dos homossexuais" e raros seriam os casos diagnosticados em Portugal. Em junho, a comunicação social anunciava o grave estado de saúde de António Variações. Logo levantavam-se as primeiras suspeitas em relação ao problema brônquio asmático, o comentário "Aquele nunca me enganou, está mesmo a ver-se que está com isso", podia ouvir-se um pouco por toda a cidade, mas nem todos lhe viraram costas. No mês em que esteve internado, emagreceu 20kg. Segundo palavras da irmã, mantivera-se lúcido sendo a tosse o que lhe provocava maior sofrimento.
Na madrugada de 13 de junho de 1984, faleceu. A polémica em torno da sua doença torna-se destaque, não por preocupação com o cantor, mas por constituir para muitos o primeiro caso conhecido de SIDA em Portugal.
António Variações

É importante realçar que o vírus HIV não é só transmitido em homossexuais e toxicodependentes, mas é transmitido por comportamentos de risco, anteriormente referidos.

Aqui deixo algumas campanhas:














Mary

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