As Mulheres Nazis - Parte 1
Estou a ler um livro sobre elas, mas decidi antecipar-me ao final do livro e escrever sobre o que encontrar, sobre estas mesmas mulheres. Quando acabar a leitura dos livros, farei um post indicado ao tema.
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Retratadas com tons suaves e encantadores. Louras, de rosto tranquilo e puro, estas eram as mulheres do Terceiro Reich de Hitler.
Elas eram mães irrepreensíveis , donas de casa excelentes, secretárias trabalhadoras e auxiliares dedicadas. Elas apoiavam os seus homens na guerra e eram devotas à causa do Führer.
Cartaz "Apoiar o programa de assistência para mães e filhos" |
Hitler numa visita a uma escola feminina |
Cruz de Ouro em Honra da Mãe Alemã |
Ideal da família Ariana |
Na primeira análise alemã no pós-guerra do papel da mulher nos crimes nazistas, a historiadora Kathrin Kompisch documenta a vergonhosa realidade sobre o sexo feminino durante a guerra, que até recentemente era um assunto tabu. "A participação da mulher nos crimes nazistas ficou camuflado na consciência coletiva dos alemães por um longo tempo", ela escreve.
Elas tornaram-se assistentes de doutores que assassinavam, tornaram-se chefes de segurança nos campos de concentração, como Herta Bothe, conhecida como a Sadista de Stutthof pelos seus espancamentos brutais.
Herta Bothe |
Analisando as estatísticas do pré e do pós guerra, descobriu-se que muitos postos de trabalho no governo, na iniciativa privada e no setor militar foram ocupadas por mulheres de forma muito mais expressiva nos tempos de Hitler do que nos tempos de paz.
As mulheres que ficavam em casa, dedicadas à vida domestica e gerando os filhos, também sujaram as suas mãos. Afinal, na sua grande maioria foram as mulheres que exigiam que o governo vendesse as jóias, móveis, itens domésticos e roupas que eram tomados dos seus vizinhos judeus que desapareciam à noite sem deixar rastos.
A hierarquia fortemente masculina do estado nazista bloqueava as mulheres dos postos de comando desde o seu princípio, mas o regime encorajava de forma ativa as mulheres a participar na implantação do terror a níveis primordiais.
A maioria dos Blockwaerts (quem denunciava as atividades anti nazistas aos agentes do partido) eram mulheres. As mulheres também faziam denúncias não oficiais à Gestapo sobre vizinhos suspeitos, judeus e outros inimigos do estado, três vezes mais do que os homens.
A mulher também não era a sagrada imagem do casamento que o Nazismo queria promover, já que elas eram ávidas denunciantes dos seus maridos. Os arquivos ainda disponíveis da Gestapo na cidade de Dusseldorf notava que "elas tentavam mudar a balança do poder nas suas casas denunciando os seus maridos ao governo como se eles fossem espiões, comunistas ou anti-nazistas".
As mulheres que serviam a SS nos campos de concentração, como Hermine Braunsteiner, conhecida como a "Égua de Majdanek", matava as suas vitimas pisando e Irma Grese, o "Anjo da Morte" de Belsen e Auschwitz, estas mulheres tinham pouca educação formal, além de serem psicopatas que enfrentavam permanente rejeiçção da sociedade.
Hermine Braunsteiner |
Irma Grese |
Uma mulher para se casar com um oficial nazi, era obrigada a fazer um curso onde as ensinavam a cozinhar, costurar, limpar, passar, decorar a casa, além de cuidar e educar as crianças. Também lhes davam noçõs sobre como comportar-se corretamente em eventos sociais e ensinavam-lhes "conhecimentos especiais sobre a genética e a raça".
Após o curso, recebiam um certificado que lhes permitia casar numa cerimónia perante um altar decorado com símbolos nazis, na presença de membros da Wehrmacht, as forças armadas unificadas da Alemanha nazi 1935/1945.
Estas "escolas de namoradas" foram fundadas após o comandante da SS, Heinrich Himmler, assinar a respetiva ordem em 1936. A primeira escola foi aberta na ilha de Schwanenwerder, no Lago Wannsee, próximo de Berlim. A pessoa que liderou o projeto foi Gertrud Scholtz-Klink, a mulher de mais alto escalão do Terceiro Reich.
Gertrud Scholtz-Klink |
Dorothea Binz |
Dr. Eugen Kogon |
Ilse Koch |
Karin Magnussen |
Karin Magnussen |
A história do passado de Ruth ficou escondido até aos anos de 1980, quando numa das suas palestras de história na Universidade de Hamburgo transformou-se num tumulto quando protestantes invadiram o local, acusando-a de crimes de guerra.
Dra Herta Obertheuser, era uma mulher feliz, talentosa e independente, que trabalhou no campo de concentração de Ravensbruck. Ela matava crianças saudáveis com injeções feitas de óleo, misturadas com drogas sedativas, e após isto removendo órgãos vitais e membros do corpo da vítima. O tempo que a injeção levava a fazer efeito era de cinco minutos, a pessoa estava consciente durante o processo até ao último momento.
Dra Herta Obertheuser |
Dra Herta Obertheuser |
Julgamento de Dra Herta Obertheuser |
Mary
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