sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Um Pouquinho de História

As Rainhas Menos Bonitas da História - Parte 2


Com esta segunda parte, vou dar continuidade ao mesmo tema, ou seja, das Rainhas que ficaram a dever um pouco à beleza.


Rainha Isabel II de Espanha
Rainha Isabel II de Espanha
Nasceu em Madrid a 10 de outubro de 1830. Filha mais velha e sucessora de Fernando VII e da sua quarta esposa, Maria Cristina de Bourbon.
Rei Fernando VII de Espanha
D. Maria Cristina de Bourbon
Foi coroada a 2 de outubro de 1833 e proclamada Rainha a 24 de outubro de 1833. Reinou até 1868, quando foi forçada a abdicar ou deposta a 30 de setembro de 1868 e se exilou em Paris, onde abdicou da coroa a 25 de julho de 1870.
Rainha Isabel II de Espanha
O eterno problema da sucessão perturbou a vida e o governo da Rainha. A escolha do marido foi influenciada pelas potências europeias. O candidato do rei francês Luís Filipe era um dos seus muitos filhos, o de Leopoldo I da Bélgica, um sobrinho Coburgo.
Rei Luís Filipe da França
Rei Leopoldo I da Bélgica
Isabel foi forçada ao pior candidato, o seu primo, o Infante Francisco de Assis. Francisco mostrava-se mais interessado nas suas próprias roupas rendadas do que na sua esposa. Isabel rodeou-se de uma grande quantidade de companheiros masculinos, decidida de qualquer forma a ter um herdeiro.
Infante Francisco de Assis
O casamento foi celebrado no salão do trono do Palácio Real de Madrid a 10 de outubro de 1864, com o seu primo, de 22 anos supostamente homossexual. A Rainha teve oito filhos. Faleceu em Paris a 9 de abril de 1904.
Rainha Isabel II de Espanha

D. Maria Amália da Saxónia, Rainha de Espanha

Nasceu em Dresden, na Alemanha, a 24 de novembro de 1824.
D. Maria Amália da Saxónia, Rainha de Espanha
Era filha de Augusto III, Rei da Polónia, e da Arquiduquesa austríaca Maria Josefa.
Rei Augusto III da Polónia
D. Maria Josefa
Aos 14 anos, casou-se com Carlos, então Rei de Nápoles e da Sicília, futuro Rei Carlos III de Espanha. 
O casamento foi arranjado pela sua sogra, a princesa Isabel Farnésio, depois de uma tentativa falhada de casar o filho com a Arquiduquesa Maria Ana da Áustria e de recusar a proposta de noivado com a princesa Luísa Isabel de França.
Rei Carlos III de Espanha
Arquiduquesa Maria Ana da Áustria
A cerimónia realizou-se, por procuração, a 8 de maio de 1738, em Dresden, onde Carlos foi representado por Frederico Cristiano, irmão mais velho de Maria Amália. O casal viu-se pela primeira vez a 19 de junho de 1738 em Portella, uma aldeia na fronteira do reino.
Frederico Cristiano
Apesar de ser um casamento arranjado, o casal era muito chegado. As pessoas notavam e relatavam em Espanha à sogra de Maria Amália que Carlos parecia muito feliz e satisfeito quando a viu pela primeira vez.
D. Maria Amália da Saxónia, Rainha de Espanha
Era ativa na política e participava abertamente nos assuntos de Estado tanto em Nápoles como em Espanha. Maria possuía uma grande cultura e teve um papel importante na construção do Palácio de Caserta, no Palácio de Portici, Teatro di San Carlo e no Palácio de Capodimonte, também renovou o Palácio de Nápoles. Também fumava tabaco com grande frequência e era mecenas do compositor Gian Francesco Fortunati.
D. Maria Amália da Saxónia, Rainha de Espanha
Morreu com tuberculose a 27 de setembro de 1760 em Madrid.

D. Carolina Matilde da Grã-Bretanha, Rainha da Dinamarca e Noruega
D, Carolina Matilde da Grã-Bretanha, Rainha da Dinamarca e Noruega
Nasceu em Londres a 11 de julho de 1751. Filha mais nova do príncipe Frederico, Príncipe de Gales e da Princesa Augusta de Saxe-Gota.
Príncipe Frederico, Príncipe de Gales
Princesa Augusta de Saxe-Gota
Foi criada pela mãe austera longe da corte inglesa, o seu pai morreu cerca de três meses antes do seu nascimento, os que conviveram com ela descrevem-na como natural e informal. Gostava da vida ao ar livre e de andar a cavalo. Sabia falar italiano, francês e alemão e muitos diziam que era uma cantora talentosa.
D, Carolina Matilde da Grã-Bretanha, Rainha da Dinamarca e Noruega
Aos 15 anos de idade, Carolina deixou a sua família para se casar com o seu primo Cristiano na Dinamarca. O casamento celebrou-se a 8 de novembro de 1766 no Palácio e Christiansborg, em Copenhaga. O seu irmão mais velho, que na altura já tinha subido ao trono como Rei Jorge III do Reino Undio, estava ansioso com o casamento, mesmo sem estar completamente consciente da deficiência metal do seu novo cunhado.
Carolina teve dois filhos, ambos reconhecidos como descendentes do Rei Cristiano VII.
Cristiano da Dinamarca
Apesar de não ser considerada uma beldade, muitos achavam-na atraente e dizia-se que a sua aparência conseguia chamar a atenção dos homens sem gerar críticas entre as mulheres. Era energética e encantadora. Contudo, a sua personalidade natural e sincera não foi bem vista na austera corte dinamarquesa.
D, Carolina Matilde da Grã-Bretanha, Rainha da Dinamarca e Noruega
O rei não gostava dela e havia rumores de que podia ser homossexual. O rei foi persuadido a consumar o casamento para o bem da sucessão e, depois do nascimento do desejado herdeiro, retomou o seu caso amoroso com a cortesã Stovlet-Catherine, com quem visitava os bordéis de Copenhaga. Carolina sentia-se infeliz no casamento e ignorada e desdenhada pelo rei. O casamento de Carolina e Cristiano foi anulado em abril de 1772, por traição de Carolina.
D, Carolina Matilde com o filho, futuro Rei Frederico VI da Dinamarca
O irmão de Carolina, o Rei Jorge III, enviou um diplomata britânico à Dinamarca para negociar a sua libertação, pois ela fora presa. A 28 de maio de 1772, Carolina foi deportada. Viveu o resto dos seus dias no Castelo de Celle, em Hanôver na Alemanha e, nunca mais voltou a ver os filhos.
Morreu inesperadamente de febre escarlate em Cell, a 10 de maio de 1775. Foi enterrada no Stadkirche St. Marien em Celle.
D, Carolina Matilde da Grã-Bretanha, Rainha da Dinamarca e Noruega

Mary Sweet

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