quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pelos Caminhos do Mundo

Panteão Nacional


O Panteão Nacional de Portugal está instalado em Lisboa, na Igreja de Santa Engrácia, e em Coimbra, na Igreja de Santa Cruz.
Panteão Nacional na Igreja de Santa Engrácia
Criado por Decreto de 26 de setembro de 1836, o Panteão Nacional destina-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.

A ideia de prestigiar figuras ilustres portuguesas, remete-nos a 1836, o então ministro Passos Manuel decreta a edificação de um Panteão Nacional mas sem local ainda escolhido. O objetivo na época seria dignificar os heróis que se sacrificaram na Revolução de 1820 e reerguer a memória coletiva para grandes homens entretanto caídos no esquecimento, como Luís de Camões.
Ministro Passos Manuel
O atual templo situa-se no local de uma igreja erguida em 1568, por determinação da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, para receber o relicário da virgem mártir Engrácia de Saragoça e por ocasião da criação da freguesia de Santa Engrácia.
Infanta D. Maria
Rei D. Manuel I de Portugal
Essa antiga igreja fora construída no local de um templo de meados do século XII, mas foi severamente danificada por um temporal no ano de 1681.

A primeira pedra do atual edifício foi lançada em 1682. A Igreja só foi concluída em 1966, 284 anos após o seu início, por determinação do Arsenal do Exército e de fábrica de sapatos nos séculos XIX e XX.

Como Panteão Nacional abriga os cenotáfios de heróis da História de Portugal, tais como D. Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral ou Afonso de Albuquerque.
D. Nuno Álvares Pereira
Infante D. Henrique
Pedro Álvares Cabral
Afonso de Albuquerque
Entre as personalidades ilustres que aqui estão sepultadas, encontramos sobretudo presidentes da República e escritores. As exceções são Humberto Delgado e a fadista Amália Rodrigues, cujos restos mortais foram transladados depois de se alterarem as disposições legais que apenas permitiam a transladação da fadista para o Panteão Nacional quatro anos após a sua morte.

Aqui estão sepultados:

  • O escritor e político Almeida Garrett (1799-1854)
Almeida Garrette

  • A fadista Amália Rodrigues (1920-1999)
Amália Rodrigues

  • O escritor Aquilino Ribeiro (1885-1963)
Aquilino Ribeiro

  • O escritor Guerra Junqueiro (1850-1923)
Guerra Junqueiro

  • O opositor ao Estado Novo Humberto Delgado (1906-1965)
Humberto Delgado

  • O escritor João de Deus (1830-1896)
João de Deus

  • O presidente da República Manuel de Arriaga (1840-1917)
Manuel de Arriaga

  • O presidente da República Óscar Carmona (1869-1951)
Óscar Carmona

  • O presidente da República Sidónio Pais (1872-1918)
Sidónio Pais

  • A escritora Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Sophia de Mello Breyner Andresen

  • O presidente da República Teófilo Braga (1843-1924)
Teófilo Braga


Mary Sweet

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