segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pelos Caminhos do Mundo

Já estamos quase no final da lista da Zona Lisboeta, mas ainda falta alguns lugares, e este leva-nos até Sintra...

Palácio Nacional de Sintra


Também conhecido como Palácio a Vila, localiza-se na freguesia de São Martinho, na vila de Sintra.
Palácio Nacional de Sintra
Foi um dos Palácios Reais e hoje é propriedade do Estado Português, que o utiliza para fins turísticos e culturais.
Palácio Nacional de Sintra
Remonta a um primitivo Palácio que terá sido doado pelo Rei João I de Portugal ao Conde de Seia, em 1383, voltando para a posse real pouco depois.
Rei D. João I de Portugal
O Palácio foi reedificado no século XV, a partir de 1489, quando lhe foi iniciada uma campanha de obras que visaram aligeirar a massa da construção e enriquecer a decoração interior, aplicando-se-lhe azulejos andaluzes.

Entre 1505 e 1520 ergueu-se a chamada ala manuelina e, em 1508, teve início a construção da Sala dos Brasões.
Sala dos Brasões
Durante o reinado de D. João III edificou-se o espaço entre as alas joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do Conde de Soure, procedeu-se a obras de alteração e ampliação e, entre 1683 e 1706, sob o reinado de D. Pedro II, renovaram-se as pinturas dos tectos de alguns compartimentos.
Rei D. João III de Portugal
Rei D. Pedro II de Portugal
Em 1755 foram realizadas importantes obras de restauro, no seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos.

Nova campanha de decoração foi levada a cabo em 1863. Nos últimos anos do regime monárquico foi a residência de verão da Rainha-Mãe D. Maria Pia, a última habitante régia do Paço da Vila de Sintra.
Rainha-Mãe D. Maria Pia de Portugal
Aqui tiveram lugar várias receções oferecidas pela Rainha-Mãe aos estadistas que visitaram o filho, como o Imperador Guilherme II da Alemanha ou o Presidente de França, Émile Loubet, entre outros.
Imperador Guilherme II da Alemanha
Presidente Émile Loubet da França
O Palácio encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Palácio Nacional de Sintra
De planta complexa, organiza-se em "V" e apresenta volumetria escalonada, constituída sobretudo porparalelepípedo, sendo a cobertura efetuada por múltiplos telhados diferenciados a quatro águas.

Aspeto característico deste Palácio, rapidamente identificado pelos turistas, é o par de altas chaminés cónicas. O alçado principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos.
Palácio Nacional de Sintra
Os compartimentos internos refletem-se em núcleos organizados em torno de pátios. Destacam-se os seguintes: a Sala dos Archeiros, a Sala Moura ou dos Árabes, a Sala das Pegas, a Sala dos Cisnes e a Sala dos Brasões, que ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I, a Sala das Sereias e a Sala da Audiência.
Sala das Pegas

Sala dos Cisnes
A capela, de planta rectangular e nave única, tem os muros revestidos por pintura ornamental e tecto de madeira. Na cozinha, são visíveis arranques octogonais das monumentais chaminés. Alguns compartimentos da chamada ala manuelina ostentam emolduramentos de vãos e lareiras em calcário, caracterizadas por decoração em relevo.
Capela Palatina
O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Em 2008 foi o Palácio mais visitado de Portugal com 408 712 visitantes.
Quarto-prisão: o Rei D. Afonso VI foi preso neste quarto durante nove anos, por ordem do seu irmão e futuro Rei D. Pedro II

Mary Sweet

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