quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Aspirantes a Doutoras

O Sono do Bebé

Antes de tudo... Os bebés precisam dos pais para adormecerem, não podem simplesmente serem postos para dormir. Alguns bebés podem ser colocados no berço sonolentos mas ainda acordados e caem no sono por si sós, mas outros precisam de ajuda dos pais, sendo embalados ou amamentados para adormecerem.

Deverá escolher um berço que cumpra com as normas de segurança da União Europeia e um colchão firme, com as dimensões adequadas, de modo a prevenir que o bebé fique entalado entre o colchão e o berço ou entre as barras do berço.

Permaneça ao pé do seu bebé adormecido e observe enquanto ele dorme. Cerca de uma hora depois de ele adormecer, vai começar a revirar-se um pouco, as pálpebras mexem, ele esboça um sorriso, a sua respiração torna-se irregular, os seus músculos contraem-se. Ele está novamente numa fase de sono leve.

O tempo de transição entre sono profundo e sono leve é um período vulnerável durante o qual muitos bebés acordam se houver algum estímulo desconfortável ou irritante, como a fome.

Se o bebé não acordar, permanecerá neste período de sono leve durante uns dez minutos e retorna novamente para o sono profundo. Os ciclos de sono dos bebés é mais curto que nos adultos, durando 50 a 60 minutos, então eles vivenciam um período vulnerável para acordar no meio da noite a cada hora ou até menos.

Nos primeiros meses de vida, as necessidades do bebé estão no limite máximo, mas a sua habilidade de comunicá-las é mínima. Suponhamos que um bebé permanece a dormir profundamente durante toda a noite, algumas das suas necessidades básicas não estariam a ser atendidas.

Se o estímulo da fome o bebé não o acordasse facilmente, isso não seria bom para a sua sobrevivência, se um nariz entupido e uma dificuldade respiratória, ou um ambiente frio o incomodassem e o estado de sono estivesse tão profundo que ele não pudesse comunicar tais necessidades, a sobrevivência do bebé estaria em risco.

Nos primeiros três meses de vida, raramente dormem mais que 4 horas seguidas sem precisarem de mamar, mesmo assim eles dormem um total de 14 a 18 horas diárias.

Entre os três e os seis meses de idade, a maioria dos bebés começa a acomodar-se. Estão acordados por períodos maiores durante o dia e alguns podem até dormir por 5 horas seguidas durante a noite. Os períodos vulneráveis para acordar durante a noite diminuem e os bebés são capazes de entrar num sono profundo mais rapidamente.

Dentro da barriga da mãe o bebé não podia distinguir entre o dia e a noite. Durante as primeiras semanas de vida, também não é capaz de fazer essa distinção. Para isso os pais podem ajudá-lo a adaptar-se com os truques simples:

  • Ofereça referências ao bebé - quando for noite, assegure-se que a casa está tranquila e silenciosa e que as persianas ou cortinas estão completamente fechadas para que o bebé esteja num ambiente escuro. Pelo contrário, na hora da sesta durante o dia pode deixar um pouco de luz, não hesite em tratar da sua vida enquanto o bebé dorme a sesta, um pouco de barulho não o vai perturbar.
  • Estabeleça uma rotina antes da hora de dormir - de maneira que o seu bebé perceba que está na hora de dormir. Por exemplo, à noite, mudar a fralda, vestir o pijama, cantar uma música de embalar e dar miminhos ao bebé podem fazer parte dessa rotina. Quando crescer, poderá também ler-lhe uma história. Procure que a rotina da sesta seja diferente, de modo a não confundir o bebé.

Se o bebé não consegue dormir sem a chucha ou sem um brinquedo, não deve tirar estas pequenas coisas ao bebé, pois acalmam-no e ajudam-no a adormecer. Ele mesmo decidirá o momento que vai deixar de precisar deles.

Para reduzir o risco de morte súbita, os pediatras recomendam também que o bebé durma de barriga para cima e que o quarto não esteja muito quente, ideal é entre os 18 e 20.º. Procure ventilar o quarto regularmente e mantenha-o livre de fumos.


Dormir junto com os pais é uma prática antiquíssima, que certamente facilita a vida na hora da amamentação, por exemplo, mas que também recebe críticas. Entidades dedicadas ao estudo da morte súbita do lactente a desaconselham, assim como a Academia Norte-Americana de Pediatria, citando risco como o de sufocamento.

Os médicos não recomendam dividir a cama com o bebé se um dos pais é fumador, mesmo que não fumem no quarto, obesos ou se usarem medicamentos para dormir ou substâncias como álcool ou drogas, que possam provocar um sono muito pesado.

A solução de dormirem todos na mesma cama, funciona com muitas famílias. Por isso, se decidir tentar, saiba quais os cuidados a ter:

  • Nunca deixe o bebé sozinho na cama, quando sair, coloque-o no berço ou noutro suporte para o bebé dormir.
  • Mantenha o bebé de barriga para cima.
  • Não use jóias nem bijuterias na cama.
  • Não deixe crianças mais velhas dormirem na mesma cama com um bebé de menos de um ano. A criança mais velha poderá magoar o bebé durante o sono.
  • Não deixe que animais domésticos frequentem a cama.
  • Veja se a cama é segura, e se não há nenhum risco de esta ficar entalada.
  • Não exagere nos agasalhos da criança, lembre-se de que a cama vai estar mais quente do que se o bebé estivesse a dormir sozinho.

Dormir com o bebé ajuda a criar vínculos, com a vida atribulada de hoje em dia, passar horas bem juntinho na cama pode ser uma maneira de se ligar mais ao bebé, depois de um longo dia de separação.

Algumas mães gostam dos filhos na própria cama por ser mais prático de dar o peito ou o biberão para o bebé quando ele já está tão perto. Outras, porém, observam que a proximidade faz com que a criança acabe por acordar com mais frequência para mamar.

Se o seu filho dormir na sua cama, é bem provável que precise planear a hora de estar a sós com o seu parceiro, em vez de esperar que ela aconteça espontaneamente. Dependendo da forma como está se sentindo, isso pode ser um peso ou uma diversão.

De qualquer maneira, a decisão de levar o bebé para dormir na cama dos pais precisa ser conjunta do casal, para que não haja risco de afetar a relação dos pais.

Mary Sweet

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