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Palácio da Bemposta

O Palácio da Bemposta vulgo Paço da Rainha está localizado em Lisboa.

Palácio da Bemposta

Quando em 1685, o Rei Carlos II de Inglaterra morreu sem descendência legítima, a sua mulher a Rainha D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV, regressou a Portugal em 1693.

Rei Carlos II de Inglaterra

D. Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra

Rei D. João IV de Portugal

Sem morada própria, a viúva decide adquirir a D. Francisca Pereira Teles as casas nobres e a vasta quinta agregada, não longe do centro de Lisboa e construiu, nesse sítio da Bemposta, o Paço da Rainha.

Anteriormente, existia já uma outra capela datada de 1701, e da autoria do arquiteto João Antunes.

Capela do Palácio da Bemposta

D. Catarina faleceu em 1705, tendo deixado, em testamento, o Palácio da Bemposta ao seu irmão Rei D. Pedro II.

Rei D. Pedro II de Portugal

Mais tarde, o Rei D. João V, em 1707, doou à Sereníssima Casa do Infantado todas as dependências do Palácio e Quinta da Bemposta. Como tal, neste Palácio - Casa do Infantado - habitaram alguns infantes entre os quais o Infante D. Francisco, irmão de D. João V e um dos seus filhos naturais, conhecido por D. João da Bemposta.

Rei D. João V de Portugal

Infante D. Francisco de Portugal

Com o terramoto de 1755, o Palácio sofreu muitos danos procedendo-se de imediato à sua reconstrução. O novo risco, é da autoria de Manuel Caetano de Sousa que revelou sinais de uma originalidade.

Em 1803 aqui habitava e tinha a sua corte o príncipe regente D. João, futuro Rei D. João VI. Já depois do regresso da Família Real, em junho de 1821, D. João VI voltou para o Palácio da Bemposta no qual, com o objetivo de o tornar mais habitável, mandou efetuar várias obras nos anos de 1822, 1824 e 1825, principalmente nos quartos por detrás da Capela e no andar nobre voltado para a parte do jardim.

Rei D. João VI de Portugal

Neste Palácio aconteceram os factos políticos mais importantes da época de D. João VI como sejam os decorrentes da chamada Vila-Francada e os da Abrilada e aqui morreu D. João VI, a 10 de março de 1826.

A "Junta e Administração" da Sereníssima Casa do Infantado estiveram estabelecidas em algumas dependências do Palácio desde que o Infante D. Pedro, mais tarde D. Pedro III, tomou posse dos seus bens, até à sua extinção por Decreto de 18 de março de 1834.

Rei D. Pedro III de Portugal

Por este Decreto voltou o Paço da Rainha a pertencer à Coroa e assim D. Maria II pôde destinar o Palácio e a Quinta à Escola do Exército, fundada a 12 de janeiro de 1837 pelo General Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira que realiza grande obras de alteração dos espaços, para servir a nova utilização do edifício - Academia Militar.

General Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira

Mary Sweet