Palácio Real de Queluz
É um Palácio do século XVII localizado na cidade de Queluz no concelho de Sintra, distrito de Lisboa.
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Palácio de Queluz |
Deve-se a D. Pedro III a iniciativa da construção. Para além do valor arquitetónico e patrimonial, destaca-e a beleza dos jardins e larga extensão de mata que o cerca.
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Rei D. Pedro III de Portugal |
A construção do Palácio de Queluz iniciou-se em 1747, tendo como arquiteto Mateus Vicente Oliveira. Apesar de ser muito mais pequeno, é chamado frequentemente de "O Versalhes Português".
Uma das alas do Palácio de Queluz, o Pavilhão Dona Maria, construído entre 1785 e 1792 pelo arquiteto Manuel Caetano de Sousa, é hoje um quarto de hóspedes exclusivo para chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal.
A planta do Palácio apresenta-se complexa, pois corresponde ao agrupamento das várias fases distintas de construção. Pode-se dizer que o Palácio organiza-se genericamente em L, enquadrando os jardins por meio e várias alas.
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Planta do Palácio de Queluz |
No Rio Jamor, que passa nos jardins do Palácio, foi construído o Canal dos Azulejos, com cerca de 130 metros de comprimento. Quando as comportas do canal eram fechadas, criava-se um plano de água onde era possível passear de barco entre paredes azulejadas, com representações de portos, palácios e outros temas.
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Canal de Azulejos no Palácio de Queluz |
Um dos últimos grandes edifícios em estilo rococó (uso de muito mármore e talha dourada) erguidos na Europa. Foi construído como um recanto de verão para D. Pedro e Bragança, que viria a ser mais tarde marido e Rei consorte da sua sobrinha, a Rainha D. Maria I de Portugal.
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D. Maria I e D. Pedro III de Portugal |
Serviu como um discreto lugar de encarceramento para a Rainha Maria I enquanto a sua loucura foi piorando após a morte de D. Pedro em 1786.
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Rainha D. Maria I |
Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI e da sua família. Permaneceu assim até à fuga da família real para o Brasil em 1807, devido à invasão francesa em Portugal.
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D. João VI |
A partir de 1826, lentamente deixou de ser o predileto pelos soberanos portugueses. Em 1908, tornou-se propriedade do Estado. Após um grave incêndio em 1934, o qual destruiu o seu interior, o Palácio foi extensivamente restaurado e, hoje, está aberto ao público como um ponto turístico.
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Incêndio no Palácio de Queluz em 1934 |
Foi classificado como Monumento Nacional em 1910.
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Palácio de Queluz |
As Instalações do Palácio
As Salas do Palácio de Queluz são compostas pela "D. Maria Francisca Benedita, tinha quatro quartos - aposentos, quarto de dormir, quarto de convívio e quarto de oração"; Sala de Escultura; Sala de Fumo; Sala dos Azulejos; Sala da Tocha; Archeiros; entre outras.
A Sala do Trono tem pinturas nas paredes que representam a Fé, o Sol, a Esperança, a Guerra, a Justiça e a Caridade. É a maior das três salas de aparato do Palácio e data de 1774.
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Sala do Trono |
A Sala da Música tem uma decoração em talha dourada com motivos alusivos à música. Ficou concluída em 1759, sendo uma das salas mais antigas do Palácio. Aqui tiveram lugar serões musicais com participação de músico contratados pela Rainha D. Maria I para a sua orquestra de câmara. Muitas peças foram aqui apresentadas pela primeira vez nos aniversários reais. D. Carlota Joaquina escolheu esta sala como sala de Audiências e Beija-Mão.
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Sala da Música |
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D. Carlota Joaquina |
A Capela foi um dos primeiros espaços a ser construído pelo arquiteto Mateus Vicente de Oliveira. Decorada a talha dourada, no retábulo da capela mor está representada a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Queluz. As pinturas do teto têm uma temática evocativa à Virgem.
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Capela do Palácio de Queluz |
Os aposentos da princesa D. Maria Francisca Benedita, irmã mais nova da Rainha D. Maria I, um conjunto de apartamentos privados está decorada com estilo neoclássico e imperial, tendo sido restaurada mais tarde por D. João VI. Os tetos e os lambris têm telas pintadas a tempera.
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D. Maria Francisca Benedita |
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Aposentos de D. Maria Francisca Benedita |
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Quarto de D. Maria Francisca Benedita |
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Quarto Imperial dos aposentos de D. Maria Francisca Benedita |
O quarto de D. José predominam as madeiras exóticas e escuras, como o pau-santo.
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Quarto D. José |
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D. José I de Portugal |
A Sala de Fumo, fumar era algo muito apreciado nesta época, após a refeição.
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Sala de Fumo |
A Sala de Jantar, a denominação leva-nos até ao século XIX, consequência da função que lhe doi dada pelos últimos monarcas. O local onde literalmente era "posta a mesa" variava segundo a ocasião e o gosto pessoal dos monarcas, não existindo um espaço fixo de refeições.
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Sala de Jantar |
A Sala de Café, usada para tomar café, chá o chocolate quente.
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Sala de Café |
Corredor das Mangas, sala de ligação entre o paço velho (finais do século XVI) e as novas edificações (século XVIII). Os painéis de azulejo policromados, neoclássicos de 1784, representam as quatro Estações, os quatro continentes, cenas de mitologia clássica. Aqui eram guardadas as mangas de vidro para proteção das velas.
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Corredor das Mangas - Sala dos Azulejos |
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Corredor das Mangas - Sala dos Azulejos |
A Sala dos Embaixadores, a sua construção decorreu entre 1754 e 1762, pelo arquiteto Jean-Baptiste Robillion. Originalmente designada por Barraca Rica, Sala das Colunas, passou a ser conhecida, depois de 1794, durante a regência do príncipe D. João, por Sala das Talhas e Sala dos Embaixadores. A tela central representa a Família Real participando numa serenata ao qual preside o Rei D. José e a Rainha D. Mariana Vitória. Completa a decoração desta sala um conjunto de grandes vasos de porcelana da China.
A existência de dois espaços para tronos, delimitados pelas colunas em espelho justificava-se pelas funções em que a Rainha e o Rei eram acompanhados pelos Príncipes do Brasil, título porque eram conhecidos os Príncipes Herdeiros.
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Sala dos Embaixadores |
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Sala dos Embaixadores |
A Sala do Despacho, espaço que integra o Pavilhão Robillion construído pelo arquiteto Jean-Baptiste Robillion em finais do século XVIII. Decorada ao estilo neoclássico, com pinturas de ruínas da Antiguidade Clássica de Giovanni Berardi, foi usada pelo Príncipe D. João, para reuniões ministeriais e despacho.
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Sala do Despacho |
A Sala das Açafatas era a sala em que as açafatas e as aias ao serviço das Rainhas D. Maria e D. Carlota Joaquina aguardavam ordens.
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Sala das Açafatas |
A Sala das Merendas era destinada a sala de jantar privada dos aposentos reais, estava em conclusão em 1767. As quatro telas que a decoram representam merendas de caça e parecem constituir uma alegoria às diferentes estações do ano.
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Sala das Merendas |
O Quarto D. Quixote, construído entre 1759 e 1774, contém pinturas com cenas da vida de D. Quixote de La Mancha. Usado inicialmente como sala de café e posteriormente como quarto de dormir, aqui nasceram os filhos de D. João VI e de D. Carlota Joaquina e morreu aqui em 1834 o Rei D. Pedro IV.
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Quarto D. Quixote |
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Teto do Quarto D. Quixote |
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Rei D. Pedro IV |
Oratório, era comum aos quartos de D. Quixote e da Princesa Carlota Joaquina.
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Oratório comum ao Quarto D. Quixote e ao Quarto da Princesa Carlota Joaquina |
O Quarto da Princesa D. Carlota Joaquina é a única sala do Palácio cujos ornamentos são em pasta de papel prateada, foi quarto e dormir de D. Pedro III, do Príncipe D. João e de D. Carlota Joaquina. No tempo de D. Miguel foi usada como sala de despacho.
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Quarto da Princesa D. Carlota Joaquina |
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Quarto da Princesa D. Carlota Joaquina |
A Sala da Escultura, foi designada na segunda metade do século XIX quando das curtas estadias do Rei D. Luís e da Rainha D. Maria Pia de Sabóia que aqui instalou o seu atelier de escultura.
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Sala da Escultura |
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Rei D. Luís I de Portugal |
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D. Maria Pia de Sabóia |
Os Jardins
Foram espaços de privilegiado lazer e cenário de muitas festas e passatempos da família real, os jardins do Palácio correspondem à conjunção e elementos decorativos inspirados no gosto europeu do séc. XVIII.
De evidente inspiração francesa, dividem-se em dois espaços distintos: Jardim Grande ou Jardim de Neptuno e o Jardim Novo ou Jardim de Malta.
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Jardim Grande ou Jardim de Neptuno |
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Jardim Novo ou Jardim de Malta |
São jardins de buxo geométricos, marcados pelos conjuntos de esculturas, por cascatas e tanques de água, pelas gaiolas com pássaros exóticos e pelos azulejos.
Mary Sweet
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