sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pelos Caminhos do Mundo

As Tribos Mais Isoladas - Parte III

Hoje será (para já) o último post deste tema, até eu arranjar informações suficientes de outras tribos. Hoje uma das tribos aqui destacadas foi já referenciada no programa da TVI "Perdidos da Tribo" se não me engano de 2011, onde 12 famosos embarcaram na aventura de viverem numa tribo como se dela fizessem parte, quatro dos 12 famosos calharam na Tribo Nakulamené.

Tribo Nakulamené
Localizam-se nas Ilhas Vanuatu, leste da Austrália.
Tribo Nakulamené
Parece uma tribo saída da idade da pedra. Como antigamente as ilhas Vanuatu, estavam repletas de tribos canibais, os Nakulamené viviam em casas construídas nas árvores, como forma de proteção.

Quando os canibais abandonaram as ilhas, os Nakulamené deixaram de viver em casas das árvores, apesar de ainda as terem e utilizarem. Hoje vivem em casas construídas no chão.

São simpáticos e acolhedores, não sentindo quaisquer dificuldades em criar amizade com pessoas de fora. As famílias Nawhal são muito carinhosas e muito sensíveis ao desprezo, vivem em comunidade e tudo é compartilhado.
Tribo Nakulamené com visitantes
Os Nakulamené são criadores de suínos, cuidam deles e alimentam-se dos mesmos. Comem também insectos, que apanham nas árvores. Comem larvas das árvores, vivas e assadas, e também gafanhotos, louva-a-deus, etc.

Caçam e comem morcegos frutíferos. Habitualmente comem "lap-lap", uma espécie de lasanha vegetal. Podem comer ainda cães.
Um dos famosos do "Perdidos na Tribo"pratica tiro ao alvo, uma atividade exclusiva do sexo masculino na Tribo Nakulamené

Num ritual sagrado, os homens mastigam umas raízes de kava, depois cospem-nas sobre umas folhas para que fermentem espremem e bebem o líquido. Isto provoca-lhes uma espécie de transe.

Usam arcos e flechas para caçar, para aprenderem a usá-las praticam com cocos. Também caçam os morcegos com paus. Pescam enguias. Às vezes pescam no mar, mas neste caso são os homens que o fazem.

Um dos rituais é a dança da unidade, dá as boas-vindas e dá felicidade. As mulheres tendem a praticar as celebrações de um lado e os homens do outro, mas acabam todos juntos, formando um círculo.
Dança da unidade da Tribo Nakulamené
Para algumas cerimónias, vestem-se com folhas e máscaras, pintam a cara de cores fortes como vermelho, amarelo, azul e preto.
Momento da chegada dos famosos do "Perdidos na Tribo" recebidos por crianças da Tribo Nakulamené
Há homens mais velhos que acreditam que podem parar tempestades ou furacões com determinados rituais. Costumam adorar o vulcão.

Acreditam que os cabelos brancos são larvas.

A Tamaba é a sua oração tradicional. Nela os Nawhal vão dizendo diversas palavras e depois cospem.

Quando os rapazes se tornam homens, é realizada a cerimónia de circuncisão, colocam folhas no pénis do rapaz e o seu pai avisa o resto da comunidade emitindo um som ao soprar uma concha. Durante esta cerimónia, as mulheres não podem estar presentes. No fim, o rapaz deve ficar noutro local, durante um ou dois meses, o tempo que demora a cicatrização.

Embora existam chefes, a sua estrutura social não é propriamente piramidal. As mulheres são responsáveis por cozinhar, cuidar das crianças e dos animais. Aos homens cabe o poder de decisão.
Tribo Nakulamené
O chefe da tribo, geralmente, é um ancião, no entanto há também chefes mais novos que tomam algumas decisões.

Os lideres decidem quem deve casar com quem.

Homens e mulheres tomam banho no rio, mas sempre separadamente. Para fazer uma espécie de sabonete, mastigam bocados de coco e cospem sobre o corpo. Depois do ir ao banho limpam-se com folhas, galhos e fibra de coco.
Uma das famosas do "Perdidos na Tribo" rodeada de mulheres da Tribo Nakulamené
É tabu um homem aproximar-se do local onde as mulheres fazem as suas necessidades. Quando uma mulher está menstruada vive separada e não pode tocar na comida. Os homens acreditam que não lhe devem tocar porque a mulher está impura.

As mulheres mais jovens estão encarregues de ir buscar água, que recolhem em bambus. As mulheres tem ainda a tarefa de apanhar lenha.

Gostam de nadar na cascata, de contar histórias, cantam imensas canções, fumam e são muito doces com os filhos.

Os homens usam uma tanga feita de palha, e o pénis envolto numa bainha tecido com umas raízes, as mulheres usam saias de capim, e algumas usam palha para cobrir o peito.

Ambos usam folhas para efeitar a cabeça, cabelos, braços, etc.

Para dormir, deitam-se sobre uma relva macia colocada na sua casa e, em seguida, abraçam-se.

Aqui fica o primeiro episódio do "Perdidos na Tribo":

Tribo Daasanach
São da Etiópia, Quénia e Sudão. De acordo com o censo nacional de 2007, tem 48.067 pessoas.
Tribo Daasanach
São um povo principalmente agro pastorício, alimentam-se do sorgo, milho, abóboras e feijão.
Mulheres da Tribo Daasanach
As suas cabanas têm uma lareira, com tapetes que cobrem o chão onde dormem.

As mulheres são circuncidadas, removendo o clitóris, as que não são, são chamadas de animais ou não podem casar.
Mulher da Tribo Daasanach
As mulheres usam uma saia, colares e pulseiras, geralmente, casam-se aos 17 anos, enquanto os homens casam aos 20. Os homens são circuncidados. Usam um pano xadrez em torno a sua cintura.
Jovem da Tribo Daasanach

Tribo Huaoranis
São nativos da região amazónica do Equador. Tem cerca de 4 mil habitantes e falam a língua Huaorani.
Homens da Tribo Huaoranis
Nos últimos 40 anos, mudaram de uma sociedade que vivia da caça e colheita para viver, principalmente, em assentamentos florestais permanentes.
Homens da Tribo Huaoranis
Rejeitaram todo o contacto com o mundo exterior e continuam a mover-se em áreas mais isoladas.
Mulheres da Tribo Huaoranis
A sua principal arma de caça é a zarabatana, têm 3 a 4 metros de comprimento. Com a introdução da tecnologia ocidental do século XX, muitos usam rifles de caça.

Mary Sweet 

Sem comentários:

Enviar um comentário