domingo, 25 de maio de 2014

Hoje é Dia de Quê?

Dia de África

É o terceiro maior continente, com cerca de 30 milhões de quilómetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total de terra firma do planeta.
Mapa de África
É o segundo continente mais populoso, com cerca de um bilião de pessoas (estimativa de 2005), representando cerca de um sétimo da população mundial, e 54 países independentes.
Apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Dos 30 países mais pobres do mundo, pelo menos 21 são africanos. Apesar disso existem alguns países com um padrão de vida razoável, mas não existe nenhum país realmente desenvolvido na África.
O facto de estar presente o homem no continente africano teve os seus primórdios quando se iniciou a era quaternária ou terminou a era terciária. A maioria dos restos de hominídeos fósseis que os arqueólogos encontraram em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante no processo evolutivo da espécie humana e indica, até, a afirmação de ser possível que o homem tenha as suas origens neste continente.
Restos mortais, fósseis e objetos da antiguidade descobertos na África do Sul
O Norte de África é a região mais antiga do mundo. O facto de a civilização egípcia florescer e se interrelacionar com as demais áreas culturais do mundo mediterrâneo teve vínculo estreito nessa região, há milhares de séculos, com que se desenvolveu geralmente a civilização ocidental.
Esfinge no Egipto
Durante o século XV teve início o facto de que os exploradores vindos da Europa tivessem conquistado o litoral do Oeste da África. O que estimulou essa exploração foi o objetivo de buscar novos caminhos para a Índia, depois dos turcos fecharem o comércio no leste do Mar Mediterrâneo. Os colonizadores de Portugal, Espanha, França, Inglaterra e dos Países Baixos participaram na competição para dominar o novo caminho mediante o facto de estabelecerem feitorias no litoral e portos de embarque para comercializar os escravos.
Escravos africanos que eram levados na época dos descobrimentos
A partir do século XIX, as potências europeias se interessam por governar e ganhar dinheiro. Esses interesses económicos e políticos deram estímulo ao facto de penetrarem e colonizarem o interior da África. O facto de desejar a criação de impérios que fizessem a extensão de litoral a litoral teve como rivais o Reino Unido, a França, Portugal, Alemanha e Espanha. A partilha da África teve consumação formal na Conferência de Berlim de 1884-1885, na qual foi firmado que a efetivação ocupacional se principiasse como forma de legitimar a posse das colónias.
Conferência de Berlim de 1884-1885
Foi acarretado pelo regime colonialista que fossem destruídas ou modificadas as estruturas sociais, económicas, políticas e religiosas da maioria do território da África negra. As colónias que proclamaram a sua independência, processo emancipatório que se iniciou após a Segunda Guerra Mundial e que se concluiu de maneira principal de 1960 até 1975, cuja gravidade de problemas de integrar os países ameaçou a hegemonia política das nações africanas.
Manifestos em Moçambique após a influência portuguesa ter deixado o país, em 1974
África está separada da Europa pelo Mar Mediterrâneo e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo istmo de Suez.

O seu ponto mais a norte é Ras ben Sakka, em Marrocos, o ponto mais a sul é o Cabo das Agulhas na África do Sul, mais ocidental é Cabo Verde, no Senegal.

Para além do Mar Mediterrâneo, é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo Oceano Índico.

O relevo é maioritariamente formada por planaltos.

Em África existem quatros tipos climáticos - equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo.
  • Equatorial - é calor e humidade o ano inteiro.
  • Tropical - é quente com falta de chuva no inverno.
  • Desértico - temperaturas elevadas com a humidade no inverno.
  • Mediterrâneo - clima temperado, calor no verão, frio no inverno.
A quantidade de chuva que cai em África é a causa principal dos muitos tipos de paisagens existentes. A ocorrência das chuvas é abundante na região atravessada pela linha do equador, mas tem insignificância nas áreas próximas ao Trópico de Câncer.


Existem rios de maior extensão e volume, porque se localizam em regiões próximas aos trópicos e à linha do equador. O rio mais importante do continente é o Nilo, o segundo maior em extensão do mundo. Tem um comprimento de mais de 6500 km.
Rio Nilo
Além do Nilo, entre os demais rios de importância para a África incluem o Congo, o Níger e o Zambeze. De menor extensão, mas iguais em relevância, incluem o Senegal, o Orange, o Limpopo e o Zaire.
Rio Congo
Rio Limpopo
A África possui inúmeros desertos, como o Deserto do Saara, da Namíbia, do Kalahari e da Líbia, entre outros. Todos os desertos são grandes áreas de dunas ou planaltos sem irrigação. A maior parte da água pluvial que ocorre nestas regiões é absorvida ela areia ou pela evaporação sob a ação dos ventos secos.
Deserto do Saara
Deserto da Namíbia
Deserto do Kalahari
Deserto da Líbia
O Deserto do Saara é o maior deserto do mundo, com 8.600.00 km quadrados. Localiza-se na região norte de África, faz fronteira com o Mar Mediterrâneo, com o rio Níger, com o mar Vermelho e com o Oceano Atlântico
Deserto do Saara
É praticamente impossível viver no Saara, poucos povos habitam esta região. As precipitações, muito raras, acontecem ocasionalmente nas zonas de beira-mar ao norte e ao sul, e o deserto recebe aproximadamente 25 cm de chuva por ano. As chuvas acontecem muito raramente, geralmente torrenciais após os longos períodos secos, que podem durar anos.
Deserto do Saara
A maior parte da população africana é constituída por diferentes povos negros, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do Deserto do Saara. São principalmente árabes e berberes, mas incluem também os tuaregues, aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus.
Pessoas que atravessam diariamente o Deserto do Saara
A sul do Saara estende-se a chamada "África Negra", povoada por grande variedade de grupos de negros que se diferenciam entre si por diferenças culturais, como as regiões que professam e a grande diversidade de línguas que falam.

Existe no mundo uma diversidade de regiões que a fome atinge. A fome é a causa de morte para milhares de pessoas anualmente. Com alguma frequência a associação da fome está relacionada com o clima árido e as precipitações irregulares.
Apesar das elevadas taxas de mortalidade infantil e geral, da ineficácia dos serviços de saúde e das inúmeros doenças, a população africana cresce em níveis muito altos. A todos estes problemas é preciso acrescentar outro, ainda mais marcante, que são as guerras. A colonização da África impôs divisões políticas que nunca coincidiram com as divisões tribais e, atualmente, guerras entre tribos agravam ainda mais a fome e a mortalidade no continente.

Em nenhuma outra parte do mundo a questão racial assumiu questões tão graves como na África do Sul. Embora os negros, mestiços e indianos constituam 86% da população, eram os brancos que detinham todo o poder político, e somente eles gozavam de direitos civis.
Português: "Para uso de pessoas brancas", placa da era do Apartheid na África do Sul
A origem deste sistema, denominado Apartheid, data de 1911, quando os africânderes - descendentes de agricultores holandeses que emigraram para a África do Sul; e os britânicos estabeleceram uma série de leis para consolidar o seu domínio sobre os negros. Em 1948,, a política de segregação racial foi oficializada, criando direitos e zonas residenciais para brancos, negros, asiáticos e mestiços.

Na década de 1950, foi fundado o Congresso Nacional Africano (CNA), entidade negra contrária à segregação racial na África do Sul. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e o seu líder Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua. De 1958 a 1976, a política do Apaetheid fortaleceu-se com a criação dos bantustões, apesar dos protestos da maioria negra.
Nelson Mandela
Diante de tal situação, cresceu o descontentamento e a revolta na maioria subjugada pelos brancos, os choques tornaram-se frequentes e violentos, e as manifestações de protesto eram de ocorrência natural desse quadro injusto. A comunidade internacional usou algumas formas de pressão contra o governo sul-africano, especialmente no âmbito diplomático e económico, no sentido de fazê-lo abolir a instituição do Apartheid.

África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírus HIV do planeta, a continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria põem em causa do seu desenvolvimento.
Distinguindo-se pelas elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e pela baixa expectativa de vida e abrigando uma população jovem, a África caracteriza-se pelo subdesenvolvimento.



Algumas Tribos

A Tribo Hamer vive de Bena Hamer Woreda do Rio Omo Valley da Etiópia sudoeste. São pastores, cuidam do gado, em torno do qual a sociedade tem as suas bases de existência estabelecidas. São famosos pelas suas cerimónias de saltos do touro, no qual os jovens são obrigados a saltar sobre uma linha de touros, com finalidade de serem aceites como membros adultos da sociedade Hamer. A sua língua é Hamer-Banna. As mulheres são chicoteadas nas costas, resultando em feridas abertas e cicatrizes mais tarde. Esta tradição tende a reforçar os laços familiares, portanto as mulheres anseiam por participar na cerimónia.
Grupo da Tribo Hamer
A Tribo Daasanach é uma das tribos mais antigas da África. Estes pastores vivem em três países do Leste Africano, no Quénia, Sudão e Etiópia. São cerca de 30 mil e no centro da sua população está perto do Lago Turkana, no Omo Debub zona do Vale Inferior do Omo da Etiópia. Recentemente muitos Daasanach foram convertidos a agricultores, resultado das suas perdas e acessos aos seus territórios tradicionais no Quénia e do Sudão. Infelizmente, o seu novo modo de vida como agricultores os forçou a viver perto de fontes de água permanente às margens do Rio Omo, onde doenças como a doença do sono transmitida pela mosca tsé-tsé.
Homem da Tribo Daasanach
A Tribo Arbore é muito pequena, com cerca de 4 mil pessoas falantes da líga Arbore. Vivem na região do Rio Omo, na Etiópia, perto do Lago Stefanie. As mulheres geralmente usam um pano preto grande para cobrir as suas cabeças. Semelhante a muitas antigas tribos africanas, e realizam muitas danças rituais enquanto cantam. Vivendo num ambiente muito duro fisicamente, eles acreditam que a dança e o canto vai eliminar as energias negativas.
Jovem da Tribo Arbore
A Tribo Surma é composta por um povo isolado no sudoeste da Etiópia e as suas mulheres têm como costume o uso de discos de madeira nos seus lábios inferiores. Em ocasiões festivas, também costumam pintar os seus corpos. O tamanho do disco é proporcional à grandeza do dote que a família da noiva pode pagar ao noivo. Elas só podem tirar o disco quando não há homens por perto. Para essa tribo, quanto maior o disco, mais bonita e rica a mulher é.
Mulher da Tribo Surma
Tribo Ndebele fica em Lesedi na África. As mulheres que habitam usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam. Segundo elas, as argolas servem para não fugirem dos seus maridos e não olharem para o lado.
Mulher da Tribo Ndebele
A Tribo Tofinu conhecido como o Povo da Água, vivem na aldeia Ganvie em Benin, na África Ocidental, um lugar construído no Lago Nokoué. Vivem lá cerca de 20 mil pessoas, cuja maioria é constituída pelo povo Tofinu. Instalaram-se em Ganvie há cerca de 400 anos e construiriam a sua aldeia no lago para escapar a traficantes de escravos da Tribo Fon. Originalmente baseada na agricultura, hoje os Tofinu vivem do turismo e principalmente da pesca e piscicultura.
Grupo da Tribo Tifuno
A Tribo Dinka habita a região de Bahr el Ghazal da bacia do Nilo, Jonglei, partes do sul Kordufan e regiões do Nilo. Contam com a criação do gado durante a estação seca e milho e outras variedades de grãos na estação chuvosa. É composta por cerca de 4,5 milhões de pessoas (censo de 2008), no Sudão, constituindo cerca 18% da população de todo o país. É descrito como o mais alto do mundo, com altura média para os homens de 1,90 m e para as mulheres 1,80 m. E adaptam-se bem a climas quentes.
Jovem da Tribo Dinka
A Tribo dos Pigmeus da Floresta de Ituri, já foram os mestres incontestáveis daquela terra, mas agora correm o risco de desaparecerem, ameaçados pelas multinacionais da madeira. São caadores e coletores semi-nómadas, podem ter sido os habitantes originais da enorme floresta da chuva, no centro de África, embora ninguém saiba exatamente há quanto tempo eles lá vivem.
Tribo dos Pigmeus da Floresta de Ituri
A Tribo Himba, são um grupo aproximadamente de 20 mil a 50 mil pessoas que vivem no norte da Namíbia, na região de Kunene. São povos nómadas e dedicam-se à pastorícia. As mulheres não podem tomar banho, os meninos tem a cabeça raspada, e as meninas tem colares de madeira para representar a pureza, as mulheres fazer artesanato com arames e madeiras e os homens cuidam do rebanho. Os homens Himba podem ter mais que uma mulher. Adoram o Deus Mukuru, eles são monoteístas.
Grupo da Tribo Himba

Dia da África

Comemora-se a 25 de maio, a data foi instituída pela Organização da Unidade Africana em 1963. Em julho de 2002, esta organização foi substituída pela União Africana. A União Africana é baseada no modelo da União Europeia, mas atualmente com a atuação mais próxima à da Comunidade das Nações, ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento na África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. O seu primeiro presidente foi o presidente sul-africano Thabo Mbeki.
Thabo Mbeki
A União Africana tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana. Defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração económica, além da cooperação politica e cultural no continente.

O atual presidente da União Africana é Mohammed Ould Abdelaziz.
Mohammed Ould Abdelaziz


Mary Sweet

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