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Sophia de Mello Breyner Andresen

Agora com as noticias que têm vindo à "baila" sobre a transladação dos restos mortais de Sophia de Mello Breyner Andresen para o Panteão Nacional, decidi falar um pouco, do que era a senhora que tem o privilégio de ser a SEGUNDA MULHER  a ter lugar no Panteão Nacional.

Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa - Panteão Nacional

Sophia nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto.

Sophia de Mello Breyner Andresen

É filha de Maria Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen.
Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais de moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa, entre 1936 e 1939, que nunca chegou a concluir.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Colaborou na revista Cadernos de Poesia, onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos.
Tornou-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores.
Ficou célebre com a canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantada da Paz".

 Sophia de Mello Breyner Andresen

Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos, cujo um dos seus filhos é um conhecido jornalista e escritor, Miguel Sousa Tavares. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.

Francisco Sousa Tavares, marido de Sophia de Mello Breyner Andresen

Miguel Sousa Tavares, um dos cinco filhos de Sophia de Mello Breyner Andresen

Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro Sexto. Já depois do 25 de Abril de 1974, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido estava rumo ao Partido Social Democrata.
Distinguiu-se também como contista e autora de livros infantis. Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa.

Dante Alighieri

Shakespeare

Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

 Sophia de Mello Breyner Andresen

Foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.

 Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de julho de 2004, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. O seu corpo encontra-se no Cemitério de Carnide.

 Sophia de Mello Breyner Andresen

A 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetiza com honras de Panteão.
Os restos mortais da escritora serão transladados para o Panteão Nacional a 2 de julho de 2014, dia que faz 10 anos da morte da escritora.

Mary Sweet