domingo, 1 de dezembro de 2013

Aspirantes a Doutoras

Métodos Contracetivos 


Existem diversos métodos contracetivos, todos dependem de cada pessoa e qual é que mais se adequa ao que a pessoa pretende. O sucesso depende de uma decisão voluntária e esclarecida sobre a segurança, eficácia, custos e dos efeitos secundários. Há um conjunto de perguntas frequentes que vamos tentar responder (segundo a APF - Associação para o Planeamento da Família), porém para um esclarecimento de dúvidas mais eficaz e individual, aconselho uma ida ao Centro de Saúde e ser consultado(a) pelo seu médico de família, numa consulta de Planeamento Familiar e/ou uma consulta num ginecologista. Também neste Post irás encontrar detalhes de cada um dos métodos não naturais.

Métodos de Barreira:
- Preservativo Masculino: Membrana de látex fino colocada no pénis ereto antes de qualquer contacto sexual. 

Vantagens:
  Não tem efeitos secundários e pode ser usado sem receita médica;
  Protege de doenças sexualmente transmissíveis;
  Acesso fácil (disponível gratuitamente em Centros de Saúde e Hospitais, e pagos em farmácias e supermercados) e económico;
  Tem uma eficácia de 98% quando bem colocado.

Desvantagens:
  Pode ser desconfortável;
  Pode romper durante a atividade sexual;
  É descartável (E NUNCA usem duas vezes)
  Tem data de validade.

- Preservativo Feminino: Invólucro de borracha, macio e transparente que deve ser colocado antes de qualquer contacto sexual, serve para revestir a vagina e a parte externa da vulva.

Vantagens:
   Não tem efeitos prejudiciais para a saúde e pode ser utilizado sem receita médica;
   Quando colocado corretamente, oferece grande segurança contra a doenças sexualmente transmissíveis e evita a gravidez;
   Oferece uma maior autonomia da mulher em relação ao seu parceiro;
   Algumas mulheres gostam de usa-lo pois o anel externo estimula-as.
   Tem uma eficácia de 97,3%.

Desvantagens:
   Pode ser desconfortável;
   Só é possível usá-lo uma única vez (NUNCA mais do que isso);
   É preciso ter cuidado ao coloca-lo.

- Diafragma: É uma capinha de silicone ou látex, macia e com aro de metal flexível, que é colocada pela própria mulher no fundo da vagina, antes de qualquer contacto sexual, cobrindo o colo do útero. Deve ser usado em conjunto com um espermicida (falaremos mais à frente), dessa forma assegura a prevenção da gravidez com 98% de eficácia.

Vantagens:
   Pode ser usado em todas as idades da vida da mulher;
   Contribui para que a mulher conheça o seu corpo;
   Não atrapalha a relação sexual, pois, normalmente, nem o homem nem a mulher o sentem;
   Não faz mal à saúde nem interfere no ciclo menstrual;
   Pode ser usado durante a amamentação;
   Protege o colo do útero contra eventuais lesões e infeções durante a relação sexual. Oferece proteção contra algumas doenças sexualmente transmissíveis (MAS não a todas);
   Não é descartável, dura entre dois a três anos, tendo o cuidado adequado;
   Pode ser usado com um espermicida ou o preservativo masculino, aumentando assim, a proteção.

Desvantagens:
   Não evita todas as doenças sexualmente transmissíveis;
   Exige disciplina para o seu uso.

- Dispositivo Intra-Uterino (DIU): Trata-se de uma pequena peça de plástico, em polietileno, com uma parte coberta de cobre em forma de espiral, que é colocada pelo médico dentro do útero. O cobre bloqueia a atividade dos espermatozóides, dificultando o seu acesso ao óvulo e evitando a gravidez com eficácia de 98%. Deve ser colocado, de preferência, em mulheres que já tiveram pelo menos um filho e durante o período menstrual quando o orifício do colo está mais aberto.
Vantagens:
   Depois de colocado poderá permanecer no útero durante vários anos, dependendo do tipo, entre cinco a dez anos;
   Pode ser colocado sessenta dias após o parto;
   Não exige disciplina no seu uso.
Desvantagens:
   Não é recomendado em caso de suspeita de: gravidez, cancro no útero ou nas trompas, malformação no útero, hemorragias e presença de anemia constante;
   Aumenta a possibilidade de inflamações;
   Na presença de alguma doença sexualmente transmissível não deve ser colocado, em caso já esteja colocado, deverá ser retirado;
   Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Métodos Químicos:
- Espermicidas: São produtos sobre a forma de creme, geleia, espuma, sprays que a mulher coloca no fundo da vagina, duas horas antes de qualquer contacto sexual. Estes produtos contêm substâncias químicas que neutralizam a mobilidade e destroem os espermatozóides.

Vantagens:
   Não precisa ser usado todos os dias;
   Não prejudica a saúde e nem interfere no ciclo menstrual;
   Utilização simples.

Desvantagens:
   O tempo de ação dos espermicidas é de duas horas e necessita reaplicação em relações sexuais prolongadas ou repetidas;
   Pode provocar reações alérgicas;
   Não protege das doenças sexualmente transmissíveis;
   Pouco eficaz.

Métodos Hormonais:
- Pílula Diária (oral): São comprimidos constituídos por hormonas sintéticas que alteram o ciclo sexual normal e, desta forma, impedem a ovulação. Ocorre entradas na corrente sanguínea. As hormonas sexuais sintéticas simulam uma gravidez. O hipotálamo e a hipófise, comportam-se como se a mulher estivesse grávida, deixando de produzir as hormonas que normalmente estimulam os ovários.
Vantagens:
   Tomando a pílula não necessita de usar outro método de contraceção na altura da relação sexual, porém, se utilizar outro método aumenta a eficácia;
   Quando o uso da pílula é suspenso, os ovários voltam à função normal;
   Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as dores menstruais, e ainda controla o Acne;
   Tem uma eficácia de 98,5%.
Desvantagens:
   Exige autodisciplina, pois deve ser tomada diariamente, sempre no mesmo horário;
   Se a mulher se esquecer de tomar poderá engravidar;
   Não é aconselhável a mulheres com mais de 35 anos e fumadoras, para quem teve trombose, diabetes, para mulheres que sofrem de hipertensão arterial, hepatites, problemas cardiovasculares, cancro da mama, cancro do útero ou ainda enxaquecas;
   Não deve ser utilizada por mulheres que estejam a amamentar, pois existe uma particular para esse caso;
   Não previne contra as doenças sexualmente transmissíveis.

- Pílula Injetável: É uma injeção com alta dosagem de hormonas, que impedem a ovulação e alteram o muco cervical e o estado das trompas de Falópio. Existem dois tipos: a mensal - composta por duas hormonas, deve ser aplicada uma vez por mês, entre o 7º e o 10º dia após o início da menstruação, com orientação médica; e a trimestral - que possui apenas um tipo de hormonas e deve ser aplicada a cada três meses. A primeira dose deve ser aplicada entre o 5º e o 7º dia do inicio da menstruação.

Vantagens:
   Não interfere nas relações sexuais;
   Não precisa ser usada no dia a dia;
   Tem uma eficácia de 98,5%.

Desvantagens:
   Alguns tipos acarretam sobrecarga hormonal, e consequente aumento da circulação sanguínea, com risco de aparecimento de varizes, hipertensão, trombose e problemas circulatórios;
   Não deve ser utilizada por fumadoras ou mulheres acima de 35 anos.

- Implante Subcutâneo (pílula): O implante é um método à base de hormonas artificiais, que impede a ovulação. Este diapositivo é introduzido por um médico sob a pele da mulher, que vai libertando doses de hormonas diárias para o organismo por vários anos.

Vantagens:
   A mulher não precisa de se preocupar com a utilização de outros métodos;
   Quando suspenso o seu uso, os ovários voltam à sua função normal;
   Eficácia de 98,5%.

Desvantagens:
   É contra indicado para mulheres com mais de 35 anos e fumadoras;
   Não protege de doenças sexualmente transmissíveis;
   Com o passar do tempo reduz o ciclo menstrual e pode mesmo fazer com que a mulher não tenha menstruação;
   A sua utilização não pode ser interrompida instantaneamente, é preciso procurar um médico para retirar o implante.

- Pílula Vaginal: É um método a base de hormonas artificiais, que impede a mulher de ovular, desta forma não há gravidez. Ela é utilizada diariamente e deve ser introduzida na vagina para ser absorvida pelo organismo. Esta opção é normalmente utilizada por pessoas que tem problemas com a pílula oral.

Vantagens:
   A mulher introduz diariamente e não precisa utilizar métodos na hora da relação sexual;
   Como é colocada na vagina não causa mal estar;
   Quando suspenso o uso dessa pílula vaginal, os ovários voltam à função normalmente;
   Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as dores menstruais.
Desvantagens:
   Exige disciplina, pois deve ser introduzida na vagina diariamente sempre no mesmo horário, caso haja esquecimento poderá engravidar;
   Não aconselhado a mulheres com mais de 35 anos e fumadoras;
   Não previne contra a doenças sexualmente transmissíveis;
   Costuma ter um custo mais elevado do que as pílulas orais.

- Pílula do dia seguinte: É um método para situações de emergência que pode ser usado até cinco dias depois da relação sexual ter acontecido e houver risco de gravidez. São comprimidos constituídos por doses fortes de hormonas que impedem a ovulação, a mobilidade dos espermatozóides no útero, a fecundação e, consequentemente, a gravidez.
Exclusivamente recomendado para problemas com o uso do método regular - falha do preservativo, expulsão do DIU, deslocamento do diafragma, e eventualmente relação sem proteção.

Vantagens:
   O único método que pode ser utilizado após a relação sexual;
   No caso de não resultar, não causa efeitos secundários no feto;
   Previne a gravidez não planeada;
   Esta pílula pode ser usada sobre forma de dose pronta, com eficácia de 99,9%, ou através de doses combinadas - método YUSPE - a partir de pílulas anticoncecionais orais, com eficácia de 96,8%.

Desvantagens:
   Só devem ser usados em caso de emergência, devido à sua alta concentração de hormonas;
   No caso da amamentação pode causar a diminuição da quantidade do leito materno:
   Podem causar efeitos secundários como: náuseas, vómitos, tontura e dor de cabeça;
   Provoca o adiamento ou antecipação da menstruação por alguns dias;
   O seu uso frequente, desregula o ciclo menstrual e facilita a gravidez mais do que os outros métodos;
   Certos medicamentos podem diminuir o efeito deste método;
   Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

- Adesivo Contracetivo: É constituído por um adesivo fino e impregnado de hormonas que não continuamente transferidas através da pele para a corrente sanguínea. As hormonas libertadas pelo adesivo evitam que se dê a ovulação. Também espessam as secreções do muco, tornando a entrada do esperma no útero mais díficil.
Vantagens:
   Regulada as menstruações, podem ser mais leves e menos dolorosas;
   Benefícios comparados com as pílulas orais: pode ser menos afetado por antibióticos.
Desvantagens:
   Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis;
   Contribui para o ganho de peso;
   Riscos: axas de TVP's (Trombose Venosa Profunda).

- Anel Vaginal: É constituído por hormonas artificiais, que impedem a ovulação, não havendo, desta forma, a gravidez. Este anel é introduzido uma vez por mês na vagina, e a longo prazo, vai soltando carga hormonal que é absorvida diariamente pelo organismo.
Vantagens:
   A mulher não precisa de utilizar outros métodos na relação sexual;
   Como é colocado na vagina não causa mal estar;
   Quando suspenso o uso do anel vaginal, os ovários voltam à sua função normal;
   Ajuda a regular o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as dores.
Desvantagens:
   É contra indicado para mulheres com mais de 35 anos e fumadoras;
   Duração de um mês.

Métodos Cirúrgicos
- Laqueação de Trompas: Trata-se de uma cirurgia, que corta e/ou amarra as suas trompas de Falópio, impedido a passagem do óvulo. Desta forma, quando ocorre a relação sexual, o espermatozóide não encontra o óvulo, evitando assim a fecundação.

Vantagens:
   A mulher não precisa de utilizar outros meios para evitar a gravidez;
   100% eficaz;
   Sem efeitos secundários.
Desvantagens:
   Trata-se de uma cirurgia, portanto implica os mesmos riscos que qualquer outra, exigindo exames pré-operatórios, internamento e anestesia;
   É definitiva e irreversível pois o retorno favorece uma gravidez nas trompas e não é recomendado;
   Várias mulheres arrependem-se, pois não podem voltar a engravidar;
   Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis;
   Apenas para mulheres com mais de 25 anos.

- Vasectomia: Trata-se de uma pequena cirurgia feita no homem, que corta ou amarra os seus diferentes canais. Desta forma, os espermatozóides produzidos não são expelidos durante a ejaculação, evitando a gravidez.
Vantagens:
   Não afeta o desempenho sexual;
   Favorece a participação do homem na atividade sexual;
   Cirurgia simples, com anestesia local e pode ser realizado num consultório não havendo necessidade de internamento;
   Não há necessidade de uso de outros métodos;
   Eficácia de 100%.
Desvantagens:
   Necessita de exames pré-operatórios;
   A cirurgia é de difícil reversão por isso deve ser uma escolha bem pensada;
   Há muitos homens que se arrependem;
   É necessário outro método de contraceção nas primeiras ejaculações após a cirurgia;
   Não protege contra a doenças sexualmente transmissíveis;
   Apenas para homens com mais de 25 anos.


Mary Sweet

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