sábado, 7 de março de 2015

Aspirantes a Doutoras

Já falamos em imensos temas dedicados à gravidez e ao bebé, até mesmo em relação ao parto, mas nunca falamos de como sabemos se estamos em trabalho de parto.

Como sabemos se estamos em: Trabalho de Parto


Os sinais de trabalho de parto prematuro, que podem ocorrer entre as 20 e 37 semanas de gestação e começam normalmente com as contrações ritmadas e dolorosas, neste caso, a mulher deve informar o seu médico e ir imediatamente ao hospital.

Os principais sinais de trabalho de parto normal acontecem após as 37 semanas de gestação e incluem:

  • as contrações uterinas que aumentam de intensidade e frequência;
  • o rompimento da "bolsa da água".


Os sinais de trabalho de parto são:

  • Contrações - cólicas fortes: estas contrações são ritmadas e surgem acompanhadas de dor. Inicialmente, surgem em tempos espaçados e vão diminuindo o seu intervalo com o passar do tempo, tornando-se cada vez mais dolorosas e intensas;
  • Rebentação das águas: a grávida poderá observar que a bolsa rompeu quando vai à casa de banho e repara na saída de um líquido semelhante à urina, porém mais claro e turvo, a grávida não consegue controlar. No entanto, isto pode ocorrer em qualquer situação, não apenas quando se vai à casa de banho;
  • Perda do rolhão mucoso: após ir à casa de banho e limpar-se, a grávida poderá observar a presença de uma secreção com vestígios de sangue que servia para proteger o colo do útero. A sua perda pode indicar que o trabalho de parto está a começar;
  • Dilatação do colo do útero: esta dilatação aumenta à medida que o trabalho de parto se desenvolve, mas só consegue ser observada pelo médico através do exame do "toque".

No caso do primeiro filho, o tempo de trabalho de parto normal varia entre 8 a 24 horas, mas este tempo diminuiu a cada gravidez.

As Contrações...


Contrações de gravidez são caracterizadas por:
- Dor no baixo ventre, como se fosse uma cólica menstrual mais forte que o normal;
- Dor em forma de pontada na região da vagina ou no fundo das costas, como se fosse uma crise renal;
- A barriga fica muito dura durante a contração, o que dura, no máximo, um minuto de cada vez.

As contrações durante o período gestacional são importantes para treinar o útero para o momento do parto, mas a intensidade e frequência determina se são contrações de treino, a partir das 20 semanas de gestação, ou próprias do trabalho de parto, a partir das 37 semanas.

  • Contrações de Braxton Hicks
    São contrações de treino, em que a barriga ou uma parte dela fica momentaneamente muito dura. Geralmente, este tipo de contrações surgem por volta da 20ª semana de gravidez, para preparar o útero e o corpo para o momento do parto.
    Normalmente, acontecem entre três a quatro vezes por dia, podem ocorrer quando o bebé se mexe, diminuindo com o repouso ou mudança de posição da mãe. Elas duram menos de um minuto, não têm ritmo e não causam dor.
    Podem causar um ligeiro desconforto na região pélvica que não se estende para as costas ou outra parte do corpo.
    Quando ir para o hospital: a grávida deve ligar ao seu obstetra ou ir ao hospital no caso de ter contrações intensas, frequentes e ritmadas, principalmente entre as 34 e as 36 semanas de gravidez ou se estas contrações vierem acompanhadas de corrimento rosado ou vermelho. O médico poderá indicar repouso e prescrever magnésio para evitar que as contrações provoquem o trabalho de parto antes do tempo.

  • Contrações de trabalho de partoIndicam o início do trabalho de parto, são sempre acompanhadas de dor e não diminuem com o repouso. Podem acontecer a partir das 37 semanas de gravidez, são regulares e ritmadas, aumentam de intensidade e surgem inicialmente a cada 20 minutos, evoluindo para um intervalo menor de 15 minutos e depois a cada 10 e 5 minutos.
    Quando ir para o hospital: deve ir ao hospital quando as contrações demorarem cerca de um minuto cada uma e ocorram de 5 em 5 minutos porque são sintomas de que o bebé vai nascer.

Rebentou as "Águas"


Quando a bolsa rompe é esperado que as contrações uterinas que marcam o início do trabalho de parto surjam em pouco tempo. No entanto, as contrações podem demorar até 48 horas para aparecer, porém é aconselhado ir para a maternidade após seis horas de rompimento da bolsa porque este rompimento permite a entrada de microrganismos no útero aumentando o risco de infeções.

No hospital o médico poderá esperar algumas horas para verificar se as contrações se iniciam espontaneamente, oferecendo antibióticos para diminuir o risco de infeção, ou poderá induzir o parto normal com o uso de hormónios sintéticos ou dar início à cesariana, dependendo de cada caso.

Se rebentou as águas e a mulher ainda não foi para a maternidade é importante estar atenta aos seguintes sinais de alerta:
  • diminuição dos movimentos do bebé;
  • mudança na cor do líquido amniótico;
  • febre, mesmo que baixa.
Estas situações podem indicar complicações que necessitam de uma avaliação médica.

Entrou em trabalho de parto deve...



Ao identificar o trabalho de parto, deve ter em consideração os seguintes fatores:

- Se está marcada a cesariana: quando a grávida deseja fazer uma cesariana, mas entrou em trabalho de parto antes da data prevista, deverá informar o médico imediatamente enquanto se desloca para o hospital;
- Se deseja um parto normal: deverá ficar calma e ver no relógio de quanto em quanto tempo vêm as contrações.

No início do trabalho de parto, a grávida pode continuar a fazer as suas atividades diárias. Especialmente, quando é o nascimento do primeiro filho.


O que pode comer durante o trabalho de parto:
Enquanto a grávida ainda está em casa e as contrações ainda não são muito regulares são alimentos leves como pão integral, fruta ou iogurte, porque facilitam a digestão e libertam energia de forma controlada. Deve-se também beber muita água, pois além de satisfazer a sede que é própria desse momento, faz com que a grávida vá frequentemente à casa de banho, mantendo-se ativa, facilitando o nascimento do bebé.
Alimentos de fácil digestão: arroz, torradas integrais, pêra, maçã, banana, peixe, peru, frango, abóbora e cenoura cozidas - é recomendado comer algo antes de ir para o hospital porque ao entrar na sala de parto, não é possível comer mais nada, e provavelmente a grávida deverá ficar a soro por meio de acesso venoso.

Alimentos a evitar: doces, chocolates, bolos ou gelados, carnes vermelhas, fritos ou alimentos ricos em gordura - podem causar indigestão e aumentar o desconforto da mulher.

A dor deverá ir aumentando aos poucos, mas quanto mais calma e relaxada a mulher estiver, melhor será o andamento do trabalho de parto. Não há necessidade de ir para o hospital logo que sinta a primeira contração porque o trabalho de parto ocorre em três fases:
  • Fase latente: caracterizada pela dilatação do canal de parto, que é o local por onde o bebé passa para sair, podendo dilatar até dez centímetros. Nesta fase, que pode demorar de 12 a 16 horas, a mulher poderá sentir dores devido às contrações, cada vez mais regulares e próximas.
    O que fazer; deve ir para a maternidade ou hospital para ter assistência dos profissionais de saúde. Para diminuir as dores a grávida deve respirar de forma lenta e profunda durante cada contração, como se estivesse a cheirar uma flor e, deitar o ar fora, como se estivesse apagar uma vela. Deve caminhar lentamente ou subir escadas, pois ajudará o feto a posicionar-se para sair e, caso, a mulher estiver deitada pode virar-se para o lado esquerdo, para facilitar uma melhor oxigenação do feto e diminuir a dor.

  • Fase ativa: a mulher nesta fase já atingiu os 10 centímetros de dilatação e deverá fazer força a cada contração para facilitar o nascimento do bebé, sendo que pode demorar entre 20 a 40 minutos. Para facilitar o nascimento, pode ser necessário um pequeno corte no períneo, que é o espaço entre a vagina e o ânus para facilitar a saída do feto.
    O que fazer: durante esta fase a mulher deve procurar ajudar a equipa de saúde e seguir as instruções que lhe são dadas. Assim, é importante que em cada contração, a grávida inspire profundamente e, depois, não deixe sair o ar enquanto faz força. Deve aproveitar o intervalo entre as contrações para descontrair e recuperar as forças.

  • Fase da dequitadura: ocorre depois do nascimento, sendo caracterizada pela saída da placenta, que pode sair espontaneamente ou ser tirada pelo médico. Após isto deverá ser feira a sua sutura.
    O que fazer: caso tenha sido feito o corte para facilitar o nascimento do bebé, é nesta fase que é feita a sutura, além disso é importante fazer uma massagem na barriga para ajudar a placenta a soltar-se do útero e sair mais facilmente.


Se a bolsa ainda não estiver rompida, o que se pode fazer para aliviar as dores das contrações é tomar um banho morno, entrar numa banheira devidamente limpa ou numa pequena piscina porque a água quente relaxa e ajuda na dilatação.

Deve-se ir para o hospital quando as contrações ficam muito fortes e vêm a cada 20 ou 15 minutos, no entanto deve-se ter em conta o trânsito e a distância do hospital.


Mary

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