História do Teste de Gravidez
O teste de gravidez trata-se de um teste que determina se uma mulher está grávida ou não.
A maior parte dos testes químicos para detetar a gravidez, procura a presença da subunidade beta da hCG - gonadotrofina coriônica humana, no sangue ou na urina. Este hormônio é produzido durante a formação da placenta, que pode ser detetado após a fertilização.
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Ilustração - Placenta |
Um antecedente do teste de gravidez era chamado de Reação de Galli Mainini, que consistia em injetar a urina da mulher, supostamente grávida, no abdómen de um sapo e colher a urina o mesmo após alguns minutos. Se houvesse a presença de espermatozóides, o resultado era considerado positivo.
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Reação de Galli Mainini - Imagem dos anos 1950 |
Mesmo antes de se conhecer mecanismos, os antigos egípcios já sabiam que, de alguma forma, era possível descobrir pela urina se uma mulher estava grávida. No Egito os métodos eram, claro, mais artesanais. Eles mandavam a urina da mulher sobre grãos de cevada e de trigo, se os grãos germinassem, isso supostamente seria um indício de gravidez. Este tipo de teste, embora impreciso, foi padrão até ao começo do século XX, quando se descobriu o vínculo entre gravidez e hormónios.
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Teste de gravidez do Antigo Egipto |
Hipócrates, o Pai da Medicina, receitava para as pacientes desconfiadas de gravidez uma fórmula mais simples, bastava que a mulher bebesse, antes de dormir, mel diluído em água, caso ela tivesse cólicas abdominais, não havia dúvida de que estava grávida.
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Hipócrates |
Na Idade Média, o método usado era a uroscopia, ou seja, a análise visual da urina. O quadro A Dama Anémica, retrata a cena de uma uroscopia. Nele podemos observar uma mulher pálida e prostrada, sentada numa cadeira, com as mãos unidas. O motivo de uma pessoa com as mãos entrecruzadas é recorrente no mundo das artes, sendo que a intenção do artista é mostrar que o personagem está vulnerável, sem condições de tomar qualquer atitude. Tais sintomas eram associados, na época, à gravidez. No fundo, pode-se observar um médico analisando a urina com a intenção de descobrir se a paciente estava grávida. O homem ao lado do médico, provavelmente o marido da paciente, observando atentamente.
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Quadro "A Dama Anémica" |
Na década de 1920, o químico Selmar Aschheim e o ginecologista Bernhard Zondek criaram um teste mais preciso, e mais cruel, em que se injetava a urina da mulher em cinco ratos, que seriam dissecados depois de cinco dias. Um inchaço nos ovários dos animais, devido aos hormónios, indicaria que a mulher estava grávida, mais tarde foram usados também coelhos.
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Selmar Aschheim |
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Bernhard Zondek |
Nos anos de 1970 um teste de gravidez é feito por médicos e cientistas. As mulheres traziam uma amostra de urina para o consultório médico ou enviava-o para o laboratório. Esta ferramenta consistia no primeiro tubo de ensaio, soro, pipetas, etc. O teste demora cerca de duas horas.
Um novo desenvolvimento é realizado nos anos 1980 e 1990, em que os testes são mais sensíveis, algumas das empresas afirmam que este teste pode detetar a gravidez antes mesmo do período perdido, cerca de oito a dez dias após a óvulação. Era necessário apenas dez minutos.
Mais tarde, chegam os testes de gravidez em casa, um teste de gravidez digital, criado em 2000.
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Exemplo de teste de gravidez digital |
O teste de gravidez através da urina não pode ser tão viável, pelo facto de que outras patologias podem estimular o hCG, a melhor forma de confirmar a gravidez é exames ao sangue após o décimo dia da provável fecundação.
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Exame ao sangue |
Mary Sweet
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