sábado, 13 de setembro de 2014

Aspirantes a Doutoras

Obesidade Infantil

É uma condição em que o excesso de gordura corporal afeta negativamente a saúde ou bem-estar de uma criança.

Devido ao aumento da prevalência da obesidade em crianças e nos seus efeitos adversos à saúde, a obesidade infantil está a ser reconhecida como um grave problema de saúde pública.

A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de peso entre bebés e crianças ate aos 12 anos de idade. A criança é identificada como obesa quando o seu peso corporal ultrapassa em 15% o peso médio correspondente ao da sua idade.

A Organização Mundial de Saúde vê a obesidade infantil como um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI, sobretudo nos países em desenvolvimento. Em 2010, havia 42 milhões de crianças com excesso de peso em todo o mundo, das quais 35 milhões vivem em países em desenvolvimento.

A obesidade está relacionada a uma série de fatores como hábitos alimentares e atividade física, além de fatores biológicos, comportamentais e psicológicos.

Não se trata de um problema meramente estético, além de frequentemente sofrerem de bullying por parte dos colegas. Crianças obesas tendem a desenvolver vários problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas e má formação do esqueleto.

A cada ano, pelo menos 2,8 milhões de pessoas adultas morrem em consequência do excesso de peso, 44% dos casos de diabetes, 23% dos casos de cardiopatias isquémicas e e 7% a 41% dos casos de alguns tipos de cancro são atribuíveis à obesidade.

Os alimentos industrializados, além de serem chamativos, são produzidos levando em conta mecanismos neurobiológicos, estudos afirmam que os mecanismos responsáveis pela dependência de drogas são os mesmos que levam à compulsão alimentar.

Um fator que tem contribuído muito para o aumento da obesidade no mundo e para o declínio do consumo de alimentos saudáveis é a expansão do fast-food e do comércio de junk food, que podem causar doenças cardiovasculares, diabetes e cancro.

Podemos considerar que a influência dos pais na alimentação das crianças também contribui para que elas se tornem obesas. Hoje em dia vemos que cada vez mais temos uma alimentação com base em lanches, doces, enfim, as chamadas "porcarias" e menos alimentos saudáveis.

Dentro dos países europeus, Portugal está em sexto lugar entre os países com maior percentual de crianças obesas. Cerca de 37,9% das crianças portuguesas apresentam excesso de peso e 15,3% são obesas de acordo com os critérios da OMS, enquanto apenas 1% está abaixo do peso. O tratamento da obesidade infantil no país chega a 3,5% do total de gastos nacionais com saúde.

Mary Sweet

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