Elevador de Santa Justa
Também conhecido como Elevador do Carmo, localiza-se na cidade de Lisboa, em Portugal. Liga a Rua do Ouro e a Rua do Carmo ao Largo do Carmo e constitui-se num dos monumentos mais interessantes da Baixa de Lisboa.![]() |
Elevador de Santa Justa |
A bilheteira localiza-se atrás da torre, sob os degraus da Rua do Carmo. Os passageiros podem subir ou descer pelo elevador dentro de duas elegantes cabinas de madeira com acessórios de latão.
De estilo neogótico, foi construída no século XIX para o XX com projeto do engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard. As obras ter-se-ão iniciado em 1898 e a sua inauguração ocorreu a 10 de julho de 1902 tendo, à época, sido apelidado de Ascensor Ouro-Carmo.
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Raoul Mesnier du Ponsard |
Nos primeiros anos do seu funcionamento era movido a vapor, passando, a 6 de novembro de 1907 a ser acionado por energia elétrica. A diferença de nível entre o piso da estação inferior - Rua de Santa Justa, na Baixa; e o da superior - Rua do Carmo; é de trinta metros.
Em junho de 1902 ensaiaram-se máquinas e cabinas e no mês seguinte, a 10 de julho, o elevador inaugurou o serviço público. Nesse dia a chuva e a trovoada abateram-se sobre a cidade, mas nem mesmo assim esfriou o entusiasmo e a curiosidade de quantos quiseram experimentar o novo transporte ou apenas admirar o panorama.
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Vista do Elevador de Santa Justa |
Era meio dia quando, sob o olhar atento da multidão, procedeu-se à experiência definitiva com as cabinas transportando para a estação superior grande número de convidados e de representantes da imprensa. Pouco depois chegava o Secretário Geral do Governo Civil, Dr. Alberto Cardoso de Menezes, para presidir à cerimonia a qual teve lugar e imediato. Nessa ocasião, uma banda instalada no terraço do prédio do Conde de Tomar executou o hino nacional enquanto no ar subiam foguetes.
Foi considerada uma obra arrojada na época, atendendo ao desnível vencido, aos materiais utilizados e viadutos construídos, que possibilitaram os acessos à estação superior no Carmo.
Atualmente constitui-se numa das estruturas mais visitadas na cidade, não apenas por portugueses mas, especialmente, por turistas estrangeiros que procuram conhecer ambientes do passado, processos mecânicos de transporte, e as soberbas vistas do piso superior sobre a cidade de Lisboa.
No incêndio do Chiado, que destruiu alguns edifícios daquela zona comercial em 1988, não afetou o elevador.
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Incêndio do Chiado em 1988 |
Mary Sweet
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