segunda-feira, 9 de junho de 2014

Um Pouquito de História

Torturas ao Longo dos Séculos

Métodos de Tortura Japonesas - Os métodos e os poucos instrumentos, devem-se muito a que no Japão Feudal, a tortura não era refinada como na Europa, e tinham um ar mais linchamento e improviso.

A maioria dos métodos são técnicas em amarrar o prisioneiro, muito pela intenção de imobilizar e manter o sujeito vivo, tanto que daí nasceu um tipo de arte em dar nós o "Kinbaku", hoje amplamente utilizada em fetiches bondage (sadomasoquismo).

Outra tortura era o "Ishidaki" - consistia de um estrado pontiagudo de madeira onde locavam o prisioneiro ajoelhado e pedras sobre as suas pernas que tinham o peso gradualmente aumentado. Este método de tortura foi usado no período Edo para forçar o individuo a confessar.


"Ebizemê" - Dizem que a pessoa sujeita a esta tortura ficava vermelho, o facto de que após meia hora amarrado e jogado na cela nessa posição, o preso sentia dores terríveis, agravados pelas pancadas com varas de bambu.

"Irêzumi" - Réus primários, ou crimes leves eram punidos com tatuagens. A reincidência era punida com a morte por decapitação.

"Shiôzemê" - É um tipo de tortura que consiste em ferir o preso com lâminas e passar sal nas feridas. Os presos chegavam a desmaiar com dores.

"Surugadoi" - Consiste em amarrar e pendurar a pessoa e sobre as suas costas são colocadas pedras gradualmente e ainda rodavam o preso.

"Chida", "Muchiuchi" ou "Goumon tataki" - Pancada, quase todas as torturas começavam com o preso sendo chicoteado. Também era usado para forçar o condenado a confessar os seus crimes.

"Tsurizemê" - Consistia em pendurar o sujeito e geralmente agredido-o, ou banhando-o com água gelada. O preso ficava na altura de um palmo do chão, no qual, contam que ao fim de algumas horas, escorria sangue pelos pés do indivíduo. Existiam e existem vários modos de amarrar e pendurar uma pessoa, justamente para evitar ou não uma morte rápida.

"Mizuzemê" - O método antigo consistia em pendurar e agredido o preso enquanto ele rodava na corda, logo em seguida mergulhar o preso na água, para novamente repetir o processo. Era usado para se obter confissões, mas também era um castigo como forma de pagamento de alguma divida de bens, honra, etc.

"Mizuzemê moderno" - Foi amplamente usado pelo exército japonês na Segunda Guerra Mundial. Consistia de um pano no rosto do prisioneiro e sobre ele vertiam água com uma mangueira. Ex-prisioneiros aliados na Birmânia que sofreram esta tortura, contam que era a coisa mais desesperada jamais imaginada, que ao tentarem respirar só vinha água. Por sua vez, um soldado tradutor japonês que assistiu a essas torturas, disse ser horripilante de ver a barriga inchar de água.

"Mokubazemê" - Idêntico ao modelo europeu, consiste em colocar o prisioneiro amarrado ou melhor, prisioneira, já que era maioritariamente usado para torturar mulheres, sobre esse cavalete de madeira seria-lhes infringido agressões e/ou humilhações.

"Ashikase" ou "Houkijiri" - Algemas para os pés ou mãos. Seria apenas um acessório se não fosse pelas varas de bambu enroladas com linho, que serviam para bater no condenado.

"Fumi-ê" - Não era exatamente um instrumento de tortura, mas infringia uma dor psicológica que se pode dizer que era uma tortura a Cristãos perseguidos pelo regime xogunato. Consistia em pisar um desenho de Jesus ou Maria com o objetivo de descobrir quem era Cristão. os que se negassem a pisar, seriam torturados com vários dos métodos anteriormente citados e depois decapitados. Curiosamente, os Cristãos que pisaram em Jesus, sobreviveram e escondidos, puderam professar a sua Fé, tornando-se de certo modo os verdadeiros Cristãos que fundaram e mantiveram o Cristianismo no Japão. No início eram usados desenhos em papel, mas devido ao desgaste, foram introduzidos imagens em madeira e metal.

Métodos de Tortura Chinesa - Trata-se de uma forma de punição completamente diferente do usual, neste caso, praticada na China, sendo definida pela dor que o corpo humano consegue aguentar. Não se sabe ao certo de como surgiu, mas este tipo de tortura desenvolveu-se sobretudo quando apareceu a religião "Falun Gong", cujos praticantes eram acusados de heresia, torturados e mortos. [Algumas das torturas são ainda usados pela cultura e justiça chinesa]

"Tortura das cócegas" - Apesar de ser muito confundida com um modo de brincar, distingue-se pelo facto de ser um acto prolongado e que, do ponto de vista da vítima, é de natureza intensa. Consistia em humilhar a vitima e provocar espasmos e dores através do excesso de cócegas.

"Morte por mil cortes" - Consiste na remoção metódica de partes do corpo da vítima, prolongada por um extenso período de tempo. Este processo também inclui atar o prisioneiro a um tronco e colocá-lo num local público, onde se realizaria a tortura. Consistia na humilhação pública, uma morte lenta e dolorosa, e um castigo pós-morte, pois na cultura chinesa acreditava-se que, na vida após a morte, o castigado não estaria inteiro.

"Privação de sono" - Consistia na privação de sono de uma pessoa por um longo período de tempo, por vezes, causando a morte do indivíduo - o máximo de dias que um humano consegue estar sem dormir é 22 dias, mais do que isso, é morte certo. Os métodos mais utilizados para este efeito eram para manter o prisioneiro numa posição dolorosa, iluminação constante, barulho, espancamento da vítima sempre que esta adormecesse.

"A bola" - Este tipo de tortura consistia em prender o recluso a uma parede com cordas ou pregos, e atar uma pequena bola ao tecto, com um fio que cobria a distância entre a cabeço do sujeito e o tecto. Depois, os responsáveis pela tortura dariam balanço à bola, de maneira a que esta andasse para a frente e para trás, batendo sempre na testa da vítima, até perfurar o crânio e atingir o cérebro, este processo levaria meses. Muitas vezes, para além da dor, os reclusos começaria a gritar de dores devido a sentirem o sangue a infiltrar-se nos olhos, acabando por, na maior parte das vezes, cegá-los.

"Alimentação forçada" - Consistiam em tubos que são empurrados pelo nariz e no estômago das vítimas, normalmente isso rompe e danifica os tecidos e as vezes o tubo entravam no pulmão, eles eram deixados no estômago da vítima durante várias semanas, causando infecções graves ou são puxados e colocados repetidamente. Como se não bastasse os torturados muitas vezes eram alimentados com água salgada, óleo, água a ferver, ou detergente, além de urina e fezes.

"Masmorra de água" - Esta técnica era uma espécie de cela de ferro com pontas em todos os lados na qual a vítima era trancada e algemada no topo durante dias na escuridão total, algumas mergulhavam a pessoa até a altura do peito com a água suja contendo muitas vezes lixo e esgoto e outros casos é tão profundo até para a pessoa ficar de pé.

"A bancada do tigre - prendiam as pernas da vítima firmemente à bancada do tigre usando cintos. Em seguida, colocavam tijolos ou outros objetos duros sobre os pés do torturado. São colocadas camadas de tijolos até as correias arrebentarem. As vítimas sofrem uma dor insuportável e muitas vezes desmaiam durante estas sessões de tortura.

"Celas pequenas" - Têm cerca de 1,5 metros de altura, 1,3 metros de comprimento e menos de um metro de largura. As vítimas, normalmente algemadas na jaula de modo que fiquem desajeitadas e sem posição. Dormir não é permitido e após alguns dias, as pernas da vítima ficam inchadas. Em casos graves, a necrose pode comprometer os pés, tornozelos e pernas. Estas celas são colocadas ao ar livre, expondo a vítima ao frio do inverno e ao calor do verão e ainda às picadas dos insectos.

"Queimaduras" - Consistia em amarrar a vítima e queimar o corpo aos poucos, com cigarros, isqueiros, ferros de passar e outras peças do dia-a-dia.


Torturas da Inquisição - A inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as outras, foi fundada, durante os séculos XII e XIII, para preservar a disciplina eclesiástica internamente. Os condenados eram muitas vezes responsabilizados por uma "crise de fé", pestes, terramotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde o confisco de bens e perda de liberdade, até à pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso.

"A tortura da água" - A vítima ficava imobilizada com a barriga para cima, com um funil, o algoz derramava litros e litros de água, sem defesa, a vítima engolia. Se não morresse sufocada, o torturador e os seus ajudantes pulava sobre ela fazendo com que a água saíssem abruptamente. O ritual era repetido até que os vasos sanguíneos estourassem com a saída da água.

"O burro espanhol" - A vítima era posta nua sobre um cavalete de madeira em forma de "V". A parte mais aguda ficava entre as pernas, e eram colocados pesos nos pés dos presos, fazendo com que o preso fosse cortado ao meio.

"A serra" - Uma variação do Burro, nesta, o acusado era suspenso pelas pernas e os carnífices o serrava verticalmente. Esta prática era ainda mais agonizante, pois, com o sangue acumulado na parte superior do corpo, a vítima só morria quando a serra alcançava o peito, o que podia  levar horas.

"A pêra" - O instrumento introduzido no ânus da vítima e depois aberto, estourando a pessoa e causando hemorragia interna. Não matava instantaneamente, por isso era geralmente usado no início da tortura.

"A mesa de evisceração" - Prendendo a vítima numa mesa, abriam o seu ventre e prendiam um gancho nas suas entranhas. Depois, uma manivela era rodada lentamente, puxando o gancho e as entranhas para fora do corpo.

"O arranca-seios" - Depois de fervido o instrumento no óleo ou na brasa, ele era preso aos seios das acusadas e puxado lentamente. A mulher era largada sangrando até morrer de hemorragia ou enlouquecia de dor.

"A roda do despedaçamento" - Era um dos mais temidos. Neste método, o réu era preso a uma roda que ficava sobre chamas. Então era rodado, tendo o seu corpo lentamente cozido. O fogo podia ser trocado por lanças, que despedaçavam o condenado.

"O berço-de-judas" - Uma evolução do empalamento. A vítima ficava nua, suspensa por cordas sobre uma espécie de cone pontiagudo. As cordas iam-se afrouxando muito lentamente, num processo agonizante onde o acusado era aberto ao meio. A tortura costumava levar dias. Para agravar, o berço nunca era lavado, o que causava infecções terríveis.

"A dama-de-ferro" - A famosa Iron Maiden ou a Virgem de Nuremberga era um sarcófago de ferro com longos espinhos que se fechavam sobre a vítima. Todavia, os espinhos eram dispostos de tal forma que não acertassem os órgãos vitais, mantendo a vítima viva.

"A pata de gato" - Eram ganchos de ferro pontiagudos que eram passados brutalmente sobre o corpo do acusado, dilacerando-lhe a carne e os órgãos. O instrumento era tão forte que nem os músculos ou os ossos eram um obstáculo.

"O rack" - A vítima era colocada na mesa, e cordas eram amarradas aos seus membros superiores e inferiores, um algoz se punha a enrolar a corda vagarosamente, até que as articulações se deslocassem, o que causava uma dor extrema na vítima. Alguns algozes mais afoitos chegavam a arrancar braços e pernas, matando por hemorragia. Mais tarde foram incorporadas lanças para estocar a vítima enquanto ela ia sendo esticada.

"O corta-joelhos" - Os joelhos do acusado eram colocados no meio das garras, para serem esmagados lentamente. Às vezes, o aparelho, era aquecido para aumentar a dor da vítima. Outras partes do corpo eram colocadas nas garras, como os pulsos, cotovelos, braços, ou as pernas. A ideia era inutilizar as articulações da vítima, ou o método servia como o início da tortura, visto que não era mortal em grande parte dos casos.

"O triturador de cabeças" - A cabeça do inquirido era colocada numa barra de ferro, com o queixo apoiado na barra, enquanto o crânio era lentamente esmagado. O primeiro a quebrar era o maxilar, e algumas dezenas de minutos depois, a morte, após dores lancinantes. O cérebro às vezes escorria pelo nariz, ou pelas orelhas no processo, podendo o método ser usado como tortura, caso o algoz escolhesse ficar horas parado, apenas a fazer perguntas.

"O empalamento" - Foi inventado na Roménia, no século XV, de acordo com a tradição. A vítima era colocada sobre uma estava grande e pontiaguda. O tempo entre o início da punição e a morte, levava por volta de três dias. Alguns carrascos tinham cuidado para que a estaca entrasse no ânus e só saísse acima do queixo da vítima, o que aumentava a dor da vítima.

"Garfo" - Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressionava e perfurava a região abaixo do maxilar e acima do tórax, impedindo a pessoa de abrir a boca para falar. Este instrumento era usado como penitência para os mentirosos, principalmente.

"A cadeira das bruxas" - O condenado era preso com os pés para cima e a cabeça para baixo. A posição causava dores atrozes nas costas, desorientava e aterrorizava os condenados. Além disso, possibilitava a fácil imposição de uma quantidade enorme de tormentos. Esta tortura submetida principalmente a mulheres acusadas de bruxaria. Foi usada entre 1500 e 1800 em quase todos os países da Europa. Depois da confissão, as bruxas eram queimadas em autos-de-fé públicos, e as suas cinzas, atiradas nos rios ou no mar.

"Cadeira inquisitória" - Instrumento essencial empregado em interrogatórios pelo inquisidor na Europa central, até ao ano 1846. O réu sentava-se nu, e, com o mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis. Em outras versões, a cadeira apresentava-se assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasa.

"Cadeira inquisitória menor" - A cadeira de tortura usada durante os procedimentos judiciais. O inquirido apoiava todo o seu peso sobre o assento, que era colocado em posição inclinada para a frente. Com o passar das horas, a posição incómoda tornava-se muito dolorosa, pelo efeito das agulhas nos braços e nas costas. Em outras variações, a cadeira, muitas vezes de ferro, podia ser aquecida.

"Caixinha para as mãos" - Era usada como punição aos furtos leves praticados por domésticos. Também foi empregada como meio de punição pelos tribunais do século XVIII, para penalizar pequenos furtos. Prendendo geralmente a mão direita, esta era ferida com pregos. Além das dores do momento, o condenado ficava com a mão inutilizada.

"Guilhotina" - O inventor da guilhotina foi o filantropo Dr. Ignace Guillotin. A Assembleia sancionou uma lei, pela qual "todas as pessoas condenadas à morte terão a cabeça cortada". Um ano depois, iniciou-se a sua utilização. Depois de diversas experiências feitas com cadáveres, morreu na guilhotina o primeiro condenado, no dia 25 de abril de 1792.

"Machado" - Talvez o mais antigo instrumento. É conhecido em todas as partes do mundo. A execução pelo machada era reservada aos condenados nobres, enquanto os plebeus eram supliciados por instrumentos que comportavam longas agonias antes da morte.

""Máscara da infâmia" - No período de 1500 a 1600, as máscaras apresentavam de formas variadas e muito fantasiosas. Eram utilizadas para aplicar penas a quem não aprovava o governo ou às mulheres "rebeldes" que, cansadas da escravidão doméstica e dos sucessivos estados de gravidez, se revoltavam. Eram também usadas máscaras infamantes nas faladeiras, nos beberrões e às vezes até em maus músicos ou mesmo nos maridos traídos, sobre a cabeça destes colocavam uma caveira de boi, com os respectivos chifres. Os condenados ficavam expostos em lugares públicos, bem visíveis.

"Submersão no caldeirão" podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo a ferver. O executor soltava a corda gradualmente e a vítima ia submergindo no líquido fervente.

"Cintos de castidade" - O feminino, segundo se consta, servia para assegurar a fidelidade das mulheres durante as longas ausências dos maridos. Porém, o objetivo original era bem diferente, isto é, servia de barreira contra a violação. O masculino é menos conhecido, e era usado por servos que serviam nos castelos. Servia para impedir também as violações, os quais podiam ter como alvo, não só as mulheres em geral, mas as moradoras dos castelos, como também as esposas dos senhores feudais.


"Fogueira" - Um dos métodos mais usados e conhecidos durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados num tronco e queimados vivos. Para garantir que morriam queimados e não por asfixia do fumo, a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.

"Cegonha" - Este instrumento de contensão extremamente doloroso, que causa dores musculares agudas, além de resultar em sangramento das orelhas e do nariz. As pessoas que passaram por este instrumento iam do estado de sofrimento para a loucura.

"Gaiola" - Eram pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio no inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.

Mary Sweet

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