terça-feira, 17 de junho de 2014

Aspirantes a Doutoras

Parto

Este post poderá conter imagens que podem não ser apropriadas para menores.

Parto ou nascimento é a saída do feto do útero materno. A idade de uma pessoa é definida em relação a este acontecimento na maior parte das culturas.

Um parto humano típico começa com o início da primeira fase do parto: contrações do útero, inicialmente com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração aproximada de 40 segundos. Ocasionalmente, o parto é precedido da rutura do saco amniótico, também chamado do romper das águas. As  contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração mais ou menos de 70 segundos, quando se aproxima a expulsão do feto.

O trabalho de parto pode iniciar-se com o colo uterino fechado, abrindo com a força das contrações, ou com a dilatação de 2 a 3 centímetros nas primíparas, e de 3 a 4 centímetros nas multíparas. Cada contração dilata o colo uterino até que ele atinge cerca de 10 centímetros de diâmetro.

A segunda fase do parte inicia-se com a cervix completamente dilatada e termina com a expulsão fetal. Uma nova força começa a atuar, a contração da musculatura do diafragma e da parede abdominal que associados às contrações comprimem o útero de cima para baixo e da frente para trás e assim o bebé é expelido.

O bebé normalmente nasce de cabeça, a chamada apresentação cefálica. Em alguns casos ocorrem a apresentação dos pés ou nádegas primeiro - apresentação pélvica. Com pessoal devidamente treinado, mesmo bebés nessa apresentação podem nascer através de parto natural.
Posição cefálica
Posição pélvica

A terceira fase consiste na expulsão da placenta. Ocorre entre 5 a 30 minutos após o nascimento do bebé. Ocorre pelas contrações uterinas que diminuem o volume do útero e consequentemente aumentam a espessura da parede muscular, com esta redução a placenta desloca-se pois não possuí elasticidade.
Expulsão da placenta

A quarta fase, conhecida como período de Greenberg, é imediato à primeira hora depois da saída da placenta. É fundamental controlar os sangramentos, para impedir que haja alguma hemorragia.

Após uma hora o útero apresenta-se em condições normais, firmemente contraído completando assim o mecanismo de hemostasia.

Parto Normal
É aquele que acontece de maneira natural, ou seja, o bebé sai pela vagina.

Tem vantagens como:

  • A recuperação é mais rápida e não há dor no pós-parto (não incluindo os pontos)
  • A alta é mais rápida, o que permite que a mãe retome os seus afazeres.
  • A cada parto normal, o trabalho de parto é mais fácil do que o anterior.
  • O relaxamento da musculatura pélvica não altera em nada o desempenho sexual.
  • A mulher participa ativamente no nascimento do filho.

Apresenta desvantagens tais como:

  • Possíveis danos na uretra e ânus.
  • Incontinência urinária e fecal.
  • Pode haver a ruptura do útero durante o trabalho de parte caso este tenha sido submetido a uma cirurgia anteriormente.
A maior parte dos danos ocorridos neste tipo de parto é causado pela má condução do mesmo, especialmente quando são utilizadas manobras e intervenções desnecessárias, muitas das quais condenadas pela Organização Mundial de Saúde.

Em alguns casos é necessário o uso de instrumentos para ajudar na saída do bebé:
  • Fórceps - instrumento em forma de colher que é colocado em ambos os lados da cabeça do bebé e o ajudam a sair. Enquanto a contração uterina está ativa, o médico puxa a criança. Como a utilização deste instrumento pode ser dolorosa para a mãe, normalmente o uso do mesmo é acompanhado por anestesia.
  • Ventosa - instrumento de silicone e normalmente está ligado a um aparelho que produz vácuo, funciona de forma semelhante ao fórceps. Quando necessária a sua utilização, a ventosa é colocada na cabeça do bebé e a força de sucção gerada pelo aparelho puxa o bebé, isto durante a contração.



Cesariana
Parto ocorrido devido a cirurgia.
Saída pela barriga do bebé - cesariana
As vantagens desta opção são:

  • O nascimento é menos demorado.
  • A mãe poderá decidir quando será o nascimento, exceto em caso de urgência.
  • É realizada no mesmo dia da internação.
  • A mulher não sente dores durante o processo devido à anestesia.
  • Ter a disponibilidade do médico que a acompanhou durante o pré-natal.
As desvantagens da cesariana são:
  • Recuperação mais lenta do que no parto normal.
  • Os pontos internos são absorvidos, entretanto os externos precisam ser retirados, o que obriga a uma visita ao serviço de saúde.
  • Sente dores na recuperação, ao rir, chorar, ficar de pé, espirrar, tossindo, amamentar, ao se movimentar, receio de evacuar e os pontos abrirem.
  • A mãe não participa ativamente no nascimento.
  • O risco de morte da mãe é 16 vezes maior do que no parto normal.
  • Um maior risco de infeção, inflamação, perda do útero, hemorragia.
  • A mãe não deve fazer esforços nem ginástica por pelo menos dois meses após a cirurgia.
  • A possibilidade de depressão pós-parto da mulher é 30 a 40 vezes maior do que no parto normal.
A cesariana pode ser usada, entre outras situações, quando:
  • O bebé não se encontra na posição correta.
  • O bebé é demasiado grande para nascer de parto normal.
  • Não há dilatação suficiente.
  • O bebé não desceu o suficiente.
  • Há desaceleração do batimento cardíaco do bebé.
  • O cordão umbilical é demasiado curto ou o cordão encontra-se enrolado no pescoço do bebé.

Outros Partos

Parto de cócoras ou Parto das Índias
Tem uma recuperação rápida. As diferenças estão na posição da mãe na hora do nascimento da criança, que fica de cócoras, e na posição do bebé, que deve estar necessariamente de cabeça para baixo.
Parto de cócoras ou Parto das Índias

A presença de alguém próximo há gravida é bem-vinda, melhor se for do companheiro, por este poder participar ativamente, dando apoio com o corpo atrás da mulher.

A posição conta com a ajuda da gravidade e intensifica a eficiência das contrações e o esforço da mãe, acelerando o procedimento.

É um processo mais rápido, mais confortável e a mulher não sofre compressão de importantes vasos sanguíneos, o que poderia levar ao sofrimento do feto.


Parto Leboyer ou Nascimento sem violência
Criado pelo médico francês Frédérick Leboyer, que foi o primeiro a dar a devida importância ao bebé e ao vínculo entre mãe e recém-nascido, no momento do nascimento.
Frédérick Leboyer

Caracteriza-se pelo uso de pouca luz, silêncio principalmente depois do nascimento, massagem nas costas do bebé, ausência da famosa palmada para fazer o bebé chorar e abrir os pulmões, essa transição respiratória é feita de forma suave, esperando o cordão parar de pulsar, colo de mãe, amamentação precoce, banho perto da mãe, que pode ser dado pelo pai.
Parto Leboyer na água

Parto na água
É feito na água, de forma que o bebé sai suavemente de um liquido (amniótico) para outro (água). Geralmente numa banheira com água na temperatura corporal (37.º) cobrindo toda a barriga e órgãos genitais, esse parto pode, assim ocorrer de cócoras e com o apoio do acompanhante.
Parto na água

A água morna proporciona o aumento da irrigação sanguínea, diminuição da pressão arterial e relaxamento muscular, o que provoca o alívio das dores e maior rapidez no trabalho de parto, comparando-se ao parto natural, por exemplo.

Este tipo de parto começou na França, com o obstetra Michel Odent, que usava banheiras com água quente para o conforto e alívio da dor das mães. Algumas delas sentiam-se tão à vontade que os bebés nasciam ali mesmo.
Michel Odent

Apesar das vantagens, este tipo de parto não é recomendado para os prematuros, ou em casos de presença de sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite B, Herpes Genital ativo e bebés com mais de 4 kg ou que precisem de monitoramento contínuo.

Parto em casa
Os hospitais são indispensáveis para a realização de exames pré-natais, transplantes e cirurgias. Mas podem não ser o local mais adequado para bebés, mesmo que as futuras mães acreditem que os partos em hospitais sejam mais seguros.

Segundo um novo relatório, mais de um terço das mulheres poderiam dar à luz sem nenhum médico perto delas.

Para quem não precisa de hospital, pensar em realizar o trabalho de parto em casa, com a ajuda de uma parteira, é uma ótima opção para os futuros pais. Além da segurança, estar num ambiente mais confortável e acolhedor são fatores que devem ser levados em consideração.

Quando se fala em realizar um parto dentro de casa, sem a estrutura disponível num hospital, muitas pessoas olham com desconfiança. 

De acordo com a especialista em estatística Ole Olsen e a professora de obstetrícia Jette Aaroe Clausen, mais países deveriam oferecer serviços de parto domiciliar adequados e dar a futuras mães mais informações sobre a prática, o que permitiria uma escolha mais consciente.

Parto agendado
Existem situações em que "adiantar" o nascimento de uma criança pode diminuir os riscos de complicações. Quando a mãe tem pré-eclâmpsia severa, por exemplo, induzir o parto pode ser a alternativa mais segura.

Em outros casos, porém, os benefícios desse procedimento são incertos e não foram comprovados pela medicina. Uma das razões que levam as futuras mães a agendar o nascimento dos seus filhos é a suposta diminuição do risco de morte prematura.

O mais importante é o aconselhamento do médico e o desejo dos pais e principalmente da mãe e, espera-se que, no final estejam todos contentes com a decisão tomada, e que à saída da maternidade ou do local escolhido seja feito de forma feliz e com um (ou mais) bebé(s) saudável nos braços.

Príncipes de Cambridge à saída da maternidade

Mary Sweet

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