Gravidez e a Sexualidade
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Este é um dos temas mais delicados e mais difícil de ser abordado pelo casal.
Atualmente, na nossa sociedade ainda há um grande tabu em falar de sexo, daí haver um grande constrangimento em falar sobre a própria sexualidade, principalmente no que toca às dificuldades, mesmo falando entre o casal.
Por exemplo, quando o obstetra afirma que o casal deve abster-se de sexo por ser uma gravidez de risco, ninguém contesta, nem sequer tenta perceber o que é ou não permitido.
Se o casal está num relacionamento estável, maduro e sólido, quando a vinda de um filho poderá uni-los de modo mais pleno ou mesmo se a intimidade entre os parceiros propicia a um diálogo aberto e honesto, há possibilidade de se poder descobrir outras maneiras de fazer amor, sem que haja a penetração.
O casal pode aproveitar esta altura para pôr em pratica a criatividade sexual, através de jogos eróticos, novas posições e novas formas de prazer. Tudo é permitido desde que haja harmonia entre o casal que deve procurar o bem-estar mútuo e um maior equilíbrio emocional, diminuindo as ansiedades e angústias próprias desse período.
Mesmo que não haja restrições na sexualidade do casal durante a gravidez, devem dar uso também a jogos de sedução, descobrindo e intensificando as carícias e o prazer.
No início da gravidez, muitas mulheres manifestam sintomas como náuseas, vómitos, sono e grande medo do aborto, e isso compromete o desejo sexual.
Com o crescimento do corpo, os seios e o ventre avolumados, muitas grávidas acham-se mais femininas e sensuais, o que faz aumentar o desejo sexual e a procura pelo parceiro.
Alguns homens estranham o comportamento das companheiras, pois não condiz com a imagem idealizada da figura materna, que é assexuada e pura. Passam, assim, a evitar o contacto físico como se este fosse pecado e, portanto, inadequado para a situação.
Estes sentimentos vem da própria religião que, desde muito cedo, ensina aos fiéis, que toda humanidade originou-se de Adão e Eva através do "pecado original". A fatídica "mordida na maçã", símbolo do sexo pelo sexo, o prazer físico, a sexualidade propriamente dita.
O sexo, após cumprir a sua função mais importante que é a perpetuação da espécie, passa a ser "pecado".
Foi realizado um estudo, na qual foram entrevistadas 188 mães, as conclusões foram as seguintes:
- Um quarto das entrevistadas temiam que o sexo pudesse fazer mal ao bebé, mas só três das inquiridas suspenderam as atividades sexuais até ao fim da gravidez.
- 80% das mulheres disseram ter feito sexo nos últimos três meses de gestação e 39% fizeram na semana após o nascimento.
- 10% disse ter feito sexo mais vezes nos últimos três meses de gravidez do que nos primeiros meses.
- Um terço das mulheres disse sentir menos desejo sexual durante a gravidez.
- 41% das mulheres afirmaram terem-se sentido menos atraentes durante a gravidez, mas 75% disseram que os seus parceiros não as achavam menos desejáveis.
- Um quarto das mulheres disse ter tido problemas durante o sexo, incluindo dores e dificuldades em chegar ao orgasmo-
- Apenas 11% das mulheres disse ter sentido necessidade de conversar com o seu médico sobre a sua vida sexual.
A mentalidade do sexo na gravidez depende de muito de sociedade para sociedade como de religião para religião, por exemplo, no Paquistão e na Nigéria acredita-se que a relação sexual ajuda no nascimento do bebé, no entanto no Irã, as mulheres acreditam que o sexo pode magoar o bebé chegando até a cegá-lo.
Posições indicadas:
Acima de tudo terá de haver diálogo entre o casal, procurando a melhor forma de ambos se sentirem bem.
Mary Sweet
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