sexta-feira, 18 de abril de 2014

Aspirantes a Doutoras

Gravidez na Adolescência

Como o seu nome indica, trata-se de uma adolescente grávida.

Apesar da Organização Mundial de Saúde considerar a adolescência como o período de dez a vinte anos de vida de um individuo, cada país especifica a idade em que os seus cidadãos passam a ser considerados adultos, ainda podendo ser influenciados localmente por fatores culturais.

As grávidas adolescentes enfrentam muitas das mesmas questões médicas que as gravidezes nas ditas idades normais (20 a 30 anos).

É importante que a grávida adolescente comece o apoio pré-natal, receba também o apoio da família e do seu meio social, tenha ajuda e acompanhamento psicológico e obstetra adequados à situação.

Esta gravidez implica muito mais do que problemas físicos, pois também há problemas emocionais, sociais, entre outros, pois uma rapariga nova não está preparada para cuidar de um bebé, muito menos de uma família. No entanto, o seu organismo já está preparado para seguir com a gestação, já que, a partir do momento que se tem a menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida.

Na grande maioria destas gravidas, elas vão ficar a cuidar sozinhas, ou seja, sem o pai da criança por perto, sendo que muitas das vezes são abandonadas ainda antes da criança nascer.

Alguns especialistas afirmam que quando a escola promove explicações e ações de formação sobre educação sexual, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis.

As gravidezes indesejadas na adolescência podem ocorrer por diversas razões: porque o método contracetivo falhou ou pela má utilização do mesmo; porque não se utilizou nenhuma proteção, por falta de informação; pela existência do pensamento "só acontece aos outros" ou, ainda, por mitos como "a primeira vez não há risco de ficar grávida" ou quando "se faz de pé não há problema".

Existem ainda, gravidezes desejadas durante a adolescência e que são determinadas por padrões culturais ou por questões mais complexas como, por exemplo, o sentir que ao estar grávida se tem o amor do namorado, a fantasia de que a gravidez lhe trará mais afeto, atenção por parte dos outros, como uma forma de sair de casa dos pais ou até mesmo pela idealização de que o bebé lhe trará o "papel da sua vida".

A adolescente ao saber que está grávida deverá imediatamente falar com os pais ou com quem é responsável por ela, assim como ao namorado e aos familiares mais próximos dele, para em conjunto chegarem a uma opinião fundamentada nos interesses tanto dos pais como da criança que ainda está para nascer.

Se decidir seguir com a gravidez, a grávida poderá enfrentar grandes dificuldades de relacionamento porque, perante o confronto com a gravidez de uma filha, os pais podem ser invadidos por sentimentos de desilusão, fracasso, culpa e de grande frustração.

Por outro lado, a jovem podem entrar em conflito consigo própria pela necessidade de integrar a gravidez e a expectativa da maternidade, nos seus projetos e interesses pessoais.

O receio das alterações no relacionamento com o seu namorado e em conseguir gerir a relação com o seu grupo de amigos também pode constituir uma grande fonte de stress.

Os futuros jovens pais, deverão ser apoiados de um modo coerente, e não se pode esquecer aqui do rapaz, pois não é só a rapariga que vai sofrer alterações na sua vida.

É possível continuar a sair com o grupo de amigos e namorar, mas de forma diferente. A gravidez não torna os adolescentes em adultos de um dia para o outro, mas provoca grandes mudanças no seu ciclo de vida.

Em Portugal existem cerca de 13,5 casos de gravidez por cada mil adolescentes.
Gravidez na adolescência pelo mundo - estatísticas

No nosso meio, aproximadamente 10% das mulheres em são praticados abortos legais têm menos de 20 anos.

Muitas das vezes, uma gravidez implica a interrupção dos estudos, pois é preciso arranjar dinheiro para as coisas do bebé e também com os gastos da gravidez. Isto acontece tanto à rapariga como ao rapaz.


"Mães antes do tempo: são meninas, mas já foram mães. São adolescentes mas já têm filhos. Têm rosto de miúdas mas histórias de gente grande. Duas gerações que podiam ser uma só."

Mary Sweet

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