Vou tentar ser o mais "neutra" possível, e depois no fim darei a minha opinião.
Aborto
Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou ser esta causada.Pode ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se assim, o fim da gestação, mediante o uso de medicamentos ou realização e cirurgias.
O aborto induzido, quando realizado por profissionais capacitados e em boas condições de higiene é um dos procedimentos mais seguros da medicina atual, no entanto quando é feito por pessoas não-qualificadas ou fora de um ambiente hospitalar, resulta em aproximadamente em 70 mil mortes da mãe e 5 milhões de lesões maternas por ano no mundo.
Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma insegura.
40% das mulheres do mundo têm acesso ao aborto induzido nos seus países - dentro dos limites da gestação.
Nas últimas décadas os abortos têm-se reduzido devido ao maior acesso ao planeamento familiar e a métodos contracetivos.
O aborto induzido tem sido realizado de diferentes métodos e os seus aspetos morais, éticos, legais e religiosos ainda são objeto de intenso debate em diversas partes do mundo.
Aborto Espontâneo
É involuntário ou casual, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto, antes das 20-22 semanas de gestação.
Uma gravidez que termina antes das 37 semanas de gestação, que resulta num recém-nascido vivo é conhecida como parto prematuro.
Quando um feto morre no interior do útero ou durante o parto, geralmente é chamado de natimorto.
A causa mais comum de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre são as anomalias cromossómicas do feto, que contabilizam pelo menos 50% das perdas precoces.
Outras das causas incluem doenças vasculares, diabetes, problemas hormonais, infeções, anomalias uterinas e trauma acidental ou intencional. A idade materna avançada e a história prévia de abortos espontâneos são os dois fatores mais associados com um risco maior de aborto espontâneo.
Aborto Induzido
Também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, é causado por uma ação humana deliberada.
Ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos, como cirurgia.
A ética deste tipo de aborto é fortemente contestada em muitos países mas é reconhecida como prática legal noutros países, sendo em alguns deles totalmente coberta pelo sistema público de saúde.
O aborto pode ser aconselhado, e assim chama-se aborto terapêutico, e são nas seguintes situações:
- Aborto pode salvar a vida da grávida;
- Para preservar a saúde física ou mental da mulher;
- Caso a criança tivesse problemas de saúde graves ou que poderiam causar a sua morte rapidamente;
- Para reduzir o número de fetos para diminuir a possibilidade de riscos associados a gravidezes múltiplas.
Existe ainda o aborto eletivo, que é provocado por qualquer outra motivação.
A Organização Mundial da Saúde define como abortos não-seguros aqueles realizados por indivíduos sem formação, equipamentos perigosos ou em instituições sem higiene.
Os abortos legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na medicina. Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade materna em abortos entre 1998 e 2005 foi de 0,6 mortes por 100 000 procedimentos, tornando o aborto cerca de 14 vezes mais seguros do que o parto, cuja taxa de mortalidade é de 8,8 mortes por 100 000 nascidos vivos.
O feto tem dor?
A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo do aborto é hoje matéria de interesse médico, ético e político.
Diversas provas entram em conflito, existindo algumas opiniões defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da sétima semana enquanto outros sustentam que os requisitos neuro-anatómicos para tal só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro trimestre da gestação.
Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima semana de vida do feto. O que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do feto.
Efeitos psicológicos
A síndrome pós-aborto seria uma série de reações psicológicas apresentadas ao longo da vida por mulheres após terem abortado.
Há vários relatos de problemas mentais direta ou indiretamente relacionados com o aborto.
Porém, médicos questionam a existência deste síndrome.
As mulheres antes de optarem pelo aborto são acompanhadas por médicos, nomeadamente psicólogos, para as ajudarem a escolher a melhor opção e se é isso mesmo que elas querem.
Por isso se está a pensar nisso, não se limite a ir a uma farmácia, mas aconselhe-se no seu médico de família ou ginecologista, para saber o que fazer.
Em Portugal
A interrupção voluntária da gravidez é permitida até à décima segunda semana de gestação a pedido da grávida podendo ser realizada no sistema nacional de saúde ou nos estabelecimentos de saúde privados autorizados.
A Lei nº 16/2007 de 17 de abril indica que é obrigatório um período mínima de reflexão de três dias e tem de ser garantido à mulher "a disponibilidade de acompanhamento psicológico durante o período de reflexão" e "a disponibilidade de acompanhamento por técnico de serviço social, durante o período de reflexão" quer para estabelecimentos públicos quer para clínicas particulares.
A mulher tem de ser informada "das condições de efetuação, no caso concreto, da eventual interrupção voluntária da gravidez e as suas consequências para a saúde da mulher" e das "condições de apoio que o Estado pode dar à prossecução da gravidez e à maternidade" Também é obrigatório que seja providenciado "o encaminhamento para uma consulta de planeamento familiar."
É permitida até às dezasseis semanas em caso de violação ou crime sexual, não sendo necessário que haja queixa policial.
Permitida até às vinte e quatro semanas em caso de malformação do feto.
Permitida em qualquer momento em caso de risco para a grávida.
As mulheres que tenham realizado uma interrupção voluntária da gravidez ou tenham tido um aborto espontâneo têm direito a licença por um mínimo de 14 dias e um máximo de 30 dias.
O aborto provocado por terceiros sem o consentimento da grávida é punível com dois anos de prisão, e com três no caso do consentimento da grávida. Estas penas são agravadas no caso de "morte ou ofensa à integridade física grave da mulher grávida", ou no caso de tal prática ser habitual.
Quando se pediu à população portuguesa para ir votar se era a favor da legalização do aborto em Portugal, eu ainda não tinha idade para votar, mas sempre tive a minha ideia, não sou a favor do aborto, claro que é mau, mas não é por se meter a X no não que eles vão deixar de existir, portanto, se vão continuar a fazer ao menos o façam em segurança.
Sou a favor do aborto, em caso de violação, má formação do bebé, que tragam problemas físicos ou mentais para a mãe, ou que não tenham condições para ter um filho.
Mas também sou totalmente contra a pessoas que fazem dois a três abortos num ano, se já dois ou três abortos numa vida é muito, quanto mais...
Portanto, protejam-se, está nas vossas mãos o engravidarem ou não, e não está só nas mãos das mulheres!
Vejam os nossos post's sobre os métodos contracetivos:
Mary Sweet
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