Ainda por Lisboa, vamos até Oeiras...
Palácio do Marquês de Pombal
Ou Palácio do Conde de Oeiras, é um solar típico do século XVIII, que fica localizado na freguesia de Oeiras e São Julião da Barra.
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Palácio do Marquês de Pombal |
A antiga quinta foi formada através da incorporação de vários casais e quintas, situava-se junto à Ribeira da Laje onde beneficiava dos terrenos férteis. No seu traçado inicial, a quinta caracterizava-se por um geometrismo rigoroso, de modo a articular as vertentes recreativa - jardins e mata; e lucrativa - a propriedade rurual.
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Jardins do Palácio do Marquês de Pombal |
Na chamada Quinta de Baixo podia encontra-se o Palácio, os jardins e a adega/celeiro. Esta Quinta estava ligada à Quinta de Cima ou Quinta Grande por um eixo central designado Avenida dos Loureiros.
Na Quinta de Cima, localizava-se a Casa da Pesca e a Cascata do Taveira ou dos Gigantes. Nesta propriedade fazia-se a produção dos bichos-da-seda.
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Casa da Pesca do Palácio do Marquês de Pombal |
A terceira quinta designava-se de "Quinta do Marco", restando na atualidade apenas um edifício. Era constituída por terrenos de lavoura com vinhas, olivais e árvores de fruto.
Na segunda metade do século XX, a propriedade foi vendida e fraccionada, tendo a Quinta de Baixo sido adquirida pela Fundação Caloust Gulbenkian e a Quinta de Cima sido comprada pelo Estado e dado lugar à Estação Agronómica Nacional.
O conjunto do Palácio, os jardins, a Casa da Pesca e a Cascata estão atualmente classificados como Monumento Nacional.
O Palácio localiza-se no centro da vila, e ao observá-lo pode ter-se uma ideia da imensa riqueza de Sebastião José de Carvalho e Melo, pois este é um edifício de dimensões bem palacianas, ornamentado como um palácio real. É hoje um dos melhores exemplares da casa senhorial portuguesa do século XVIII, seguindo o estilo barroco e rococó.
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Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal |
O palácio situa-se naquilo que era antes a imensa quinta senhorial. Além do palácio, permanecem no espaço os magníficos jardins, de inspirações fantasiosas, que somente poderiam provir de um génio como Carvalho e Melo.
Os jardins são símbolo de uma profunda cultura, típica de um europeu das Luzes, os jardins retém marcos arquitetónicos de beleza rara e singela como a Cascata dos Poetas ou Gruta Nobre. Esta é arquitetonicamente muito importante em Portugal devido à sua aparência de gruta, adornada com os bustos dos quatro poetas preferidos de Pombal, entre eles Camões e Virgílio.
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Cascata dos Poetas no Palácio do Marquês de Pombal |
Nos jardins encontra-se também estátuas, cascatas. No século XVIII, era comum a manutenção de quintas como espaços de lazer e de cultivo. Era nos jardins em torno do palácio que se realizavam os eventos culturais, como teatro, bailado, música, etc., que se realizam ainda no presente, sobretudo no verão.
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Jardins do Palácio do Marquês de Pombal |
Fazendo parte desta quinta e mesmo ao lado da entrada do palácio, fica a Capela do Solar. Desenhada também pela mão do arquiteto Carlos Mardel, foi dedicada a Nossa Senhora das Mercês e concluída em 1762. Destacam-se os estuques do italiano João Grossi, os três altares com pinturas de André Gonçalves e a representação da vida da Virgem.
Erguido na segunda metade do século XVIII, o paço, durante os verões de 1775 e 1776 foi residência de verão do Rei D. José I e da sua família, incluindo a esposa.
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Rei D. José I de Portugal |
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Mariana Vitória, mulher de D. José I de Portugal |
Mary Sweet
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