domingo, 6 de julho de 2014

Um Pouquito de História

Dentro deste tema irei falar de várias Mulheres que mudaram o percurso da História. Hoje falarei na Eva Perón, por coincidência esta senhora saiu no meu teste de Espanhol para falar da vida dela, mas com palavras e invenções minhas, hoje vou conhecer um pouco melhor esta senhora, que a recordo já dos meus livros de História do Secundário.

Eva Perón

O seu nome completo era Maria Eva Duarte de Perón, mais conhecida como Evita.
Eva Perón
Assinatura de Eva Perón

Existem muitas dúvidas a cerca do local do seu nascimento, no registo do seu nascimento terá sido na cidade de Junín na Província de Buenos Aires, a 7 de maio de 1919.

A sua mãe, de nome Juana Ibarguren, era uma costureira obsessiva com a limpeza, extremamente organizada e amante de Juan Duarte, que tinha outra família, legítima, em Chivilcoy.
Juan Duarte, pai de Eva
Juana Ibarguren

O pai, Juan, proprietário de terras, tinha literalmente comprado a sua mãe, em troca de um jumento e uma carroça, desta união nasceram quatro meninas e um menino, Eva era a mais nova. Ela mal conheceu o pai, que em seguida ele regressou ao lar católico onde esperavam a esposa e os filhos legítimos.

Depois da morte de Juan, num acidente de automóvel, Juana mudou-se com os filhos, para Junin, para fugir das humilhações da condição de amante. Todos os filhos bastardos, com Juana, de Juan tinham sido registados por ele, no entanto não registou Eva.
Eva Perón na sua Primeira Comunhão

Muitos historiadores ligam esta rejeição, a Eva ter grandes condicionantes psicológicas que a levariam a procurar afirmação e sucesso na vida, talvez por isto, já no poder, foi marcante o traço de valorização dos laços familiares dos pobres argentinos.

Juana com os cinco filhos que tinha com Juan, ainda muito pequenos, saíram da zona rural onde moravam para visitar o pai morto e dar-lhe um último beijo. Foram escorraçados do velório pela viúva e pelos filhos legítimos. Juana bateu o pé e insistiu que os filhos tinham o direito de beijar o pai. Depois de conversarem, e para evitar confusões na cerimónia fúnebre, foi-lhes permitido que o fizessem, na condição de depois irem embora.
Eva com os irmãos no Carnaval de 1921

Depois da mudança para Junin, Eva adolescente, sonhava em ser artista, ser uma estrela do teatro, do cinema. Tinha uma verdadeira admiração pela atriz norte-americana Norma Shearer, desde infância. Assistia dezenas de vezes aos filmes de cinema de Junin, pensado que ainda teria uma casa com telefones brancos e lençóis de cetim, como Norma nos filmes.
Norma Shearer

Eva dizia na sua adolescência: "Só me casarei com um príncipe ou com um presidente", quando vivia em Los Toldos.

Por ser bastarda, os colegas da escola, por exemplo, não tinham permissão para a cortejar. As irmãs de Eva progrediram socialmente, encontraram trabalho e fizeram bons casamentos.
Foto Escolar de Eva Perón de 1933

Aos 15 anos, a 2 de janeiro de 1935, partiu para a capital, Buenos Aires. Apelidada de "Paris da América do Sul", a cidade fora arruinada pela crise mundial de 1929-30 e dependia das exportações de carne e trigo. Eva, pálida e morena, batia incansavelmente às portas dos teatros.
Eva com 15 anos

Sem real talento artístico nem extraordinária beleza, ela era ignorada. Às humilhações vividas, somaram-se outras. Histórias bastante banais, como diretores que exerciam a sedução, amantes de algumas horas. À mãe e às irmãs, que suplicavam para que voltasse para Junin, Eva respondia sempre: "Primeiro, a celebridade".
Eva Perón

Ainda em janeiro de 1935, acompanhada de Agustín Magaldi, cantor de tangos e amigo da família considerado o Gardel do interior argentino, Eva chegou à capital com uma mala contendo poucas roupas. Em 1937 estreou-se no cinema no filme "Segundos Afuera" e, em seguida, foi contratada para fazer radionovelas.
Agustin Magaldi

Em 1944 conheceu Juan Domingo Perón, então vice-presidente da Argentina e ministro do Trabalho e da Guerra. No ano seguinte, Juan foi preso por militares descontentes com a sua política, voltada para a obtenção de benefícios para os trabalhadores. Então, Eva organizou comícios que forçaram as autoridades a libertá-lo. Pouco depois casaram-se, Juan elegeu-se presidente em 1946.
Casamento de Juan e Eva Perón

Entre a total obscuridade ao mais absoluto resplendor pessoal e político da vida e em seguida a morte, tudo ocorreu em apenas sete anos. Nesse curto período saiu do anonimato para se tornar numa das mulheres mais importantes e poderosas do mundo. Na sua curta vida há muitos mistérios, muitos factos obscuros, mas há principalmente uma personalidade tragicamente marcante.
Eva Perón em 1947

Às 20h25 de 26 de julho de 1952, morre aos 33 anos, de cancro do útero. O seu corpo foi embalsamado e exposto a visitas públicas até que, durante o golpe de Estado que derrubou Juan Perón em 1955, o seu corpo foi roubado e enterrado no Cemitério Monumental de Milão, Itália,
Corpo de Eva Perón embalsamado

Dezasseis anos depois, em 1971, o corpo foi exumado e transladado para a Espanha. Ali foi entregue a Juan Perón, que vivia exilado em Madrid.
Funeral de Eva Perón

O médico argentino que embalsamou Eva revelou que fora um trabalho perfeito, uma vez que, Eva parecia "uma boneca" devido à sua baixa estrutura, pela alva e vestido de cetim branco. Após a vinda do esquife da Espanha numa caixa de vidro, Eva parecia adormecida.
Corpo de Eva Perón embalsamado

Juan Perón voltou à Argentina, em 1973 e foi reeleito presidente, tendo a terceira mulher, Isabelita Perón, como vice. Após a sua morte, em 1974, Isabelita Perón trouxe o corpo de Eva para a Argentina onde foi exposto novamente por um breve período. Foi então enterrada novamente no Mausoléu da família Duarte no cemitério da Recoleta, na cidade de Buenos Aires.
Isabelita Perón
Curiosidades:
Para muitos, Eva foi a única voz que falou ao coração do povo pobre e trabalhador da Argentina.
Eva Perón a discursar

Eva detestava a esquerda e o marxismo. Perseguia os militantes do partido Comunista e expulsou os sindicalistas comunistas.
Eva Perón a discursar

Usava vestidos da Casa Dior, que importava, vindos de avião, diretos de Paris. Segundo Dior, "a única rainha que vesti na minha vida foi Evita".
Eva e Juan Perón, Eva vestida por Dior

Promoveu o voto feminino e opunha-se ao divórcio.
Eva Perón no hospital a votar


Mary Sweet

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